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De passatempo a profissão

Com a costura, Lucélia Gomes encontrou uma forma de trabalhar sem sair de casa

Dividir-se entre a maternidade e o trabalho é o desafio de muitas mulheres. Quando deu à luz sua segunda filha, a brasiliense Lucélia Gomes da Silva, de 38 anos, decidiu priorizar a família e sentiu que a rotina de celetista não caberia mais na sua nova realidade. Passou a fazer alguns trabalhos informais, mas acabou transformando seu hobby desde a infância em profissão e se especializou em confeccionar vestidos infantis.

A mãe de Lucélia tinha uma máquina de costura de pedal e foi nela que, aos 10 anos, aprendeu a fazer as barras das fraldas dos sobrinhos e de panos de pratos. “Fiz um curso de pintura em tecido e passei a personalizar os sacos de pano que minha mãe comprava. Fazia a barra, pintava e vendia como pano de prato”, conta.

Apesar de gostar de costurar desde criança, não pensava em transformar seu hobby em uma forma de obter renda. Aos 16 anos, conseguiu seu primeiro emprego com carteira assinada, em um clube recreativo, e trabalhou por três anos como auxiliar administrativa. Aos 18 anos se casou. Com o nascimento da primeira filha, no ano seguinte, saiu do emprego. Passou três anos em casa, até que resolveu voltar ao mercado. Conseguiu uma vaga em uma imobiliária, na qual ficou por oito anos, até o nascimento da caçula, em 2006.

Nessa época decidiu que não trabalharia mais com carteira assinada, tendo de cumprir horários fixos. Queria se dedicar à família. Para aumentar a renda de casa, cuidava de crianças, fazia faxinas, passava roupas e também se arriscava em pequenos consertos em roupas de amigos e vizinhos.

Foi assim até 2011, quando resolveu aprender a costurar profissionalmente. Sabia fazer barras e pequenos ajustes, lhe faltava técnica para ir além. Como não tinha condições de investir em um curso, a moradora do Riacho Fundo II foi atrás de uma bolsa de estudos por meio do Programa Senac de Gratuidade. Concluído o curso de Costureiro, se registrou como empreendedora individual, montou um ateliê de costura em casa e passou a produzir vestidos infantis sob medida. “Graças ao Senac aprendi a costurar e, além de ter realizado um sonho de criança, hoje trabalho em minha casa e continuo tomando conta da minha família.”

As encomendas não param de chegar. “Hoje contribuo com as despesas de casa, estou crescendo e me tornando conhecida”, comemora. Os modelos comercializados podem ser vistos na página do Facebook chamada “Toda Princesa Usa” ou em seu perfil pessoal na mesma rede social.

Caso de Sucesso  - Lucélia Gomes

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