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Independência financeira

Casada há 17 anos, Andrea Borges da Silva, 41 anos, deixou o trabalho em uma loja de cosméticos em 2012 para se dedicar à criação dos filhos. Como sempre gostou de costurar, passou a fazer em casa pequenas peças para vender e conseguir aumentar um pouco a renda da família. Começou a fazer um curso de técnico em enfermagem mas não se adaptou à área e desistiu. Quando surgiu a oportunidade de fazer gratuitamente o curso de Costureiro no Senac, Andrea correu atrás e transformou um hobby em profissão. Hoje ela é proprietária da loja Andrea Borges Moda Praia, localizada no Gama, onde vende produtos feitos sob encomenda.

“Eu precisava de um curso para me orientar porque eu não sabia fazer o acabamento. Precisava aprender e sempre tive vontade de fazer moda praia. Então comecei a pesquisar e estudar e vi que era uma área que quase não tinha aqui em Brasília. Aqui tem muita costureira que conserta, que faz a peça inteira, mas poucas que trabalham com produção de maiôs, biquínis e sungas”, explica Andrea. “Fiz o curso no Senac há dois anos e fui me adaptando, fazendo uma calcinha, uma parte de cima do biquíni, até conseguir”, comemora.

Quando decidiu fazer o curso do Senac, Andrea não pensava em ter seu próprio negócio. Ela queria aprender a costurar para fazer suas próprias roupas. “Queria fazer umas coisas diferentes. Depois que fiz o curso, percebi que eu tinha que fazer alguma coisa para aproveitar o que aprendi”, explica. “Eu achei o curso muito bom porque sou muito detalhista e perfeccionista e o curso exige muito isso. Você tem que fazer bem feito, se você erra tem que desmanchar e fazer tudo novamente”, explica. “A professora era muito exigente, mas hoje eu agradeço a ela todo o aprendizado. O acabamento de uma peça é tudo e isso eu aprendi a fazer. Antes eu buscava o acabamento perfeito e isso o curso me proporcionou”, afirma ela, que depois do curso de Costureiro fez também no Senac o curso de Aperfeiçoamento em Corte e Costura.

A vida de Andrea mudou depois dos cursos, pois na época ela não tinha dinheiro para fazer o curso e a gratuidade foi fundamental para ajudá-la a realizar seu sonho. “Minha vida mudou muito, para melhor, principalmente na questão financeira. Antes eu dependia totalmente do meu marido e hoje já não dependo totalmente dele. Antigamente eu não tinha nem cartão de crédito, era tudo do meu marido. Hoje eu tenho meu próprio cartão e compro minhas coisas. É muito bom”, destaca a empreendedora, que vende em média 55 peças por mês, com preços que variam entre R$ 45 (sunga para criança) até R$ 170, maiô mais sofisticado. “O preço varia de acordo com o grau de dificuldade para fazer a peça. Também faço viseiras, com a mesma estampa da peça de banho ou em cor neutra, e kit família, peças para mãe, pai e filhos com mesma estampa”, ressalta.

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