Aos 16 anos, Elismar da Silva Oliveira, hoje com 33 anos, decidiu entrar para o mercado de trabalho. Queria ter dinheiro para comprar as coisas que a mãe não podia dar, além de ter um pouco mais de independência. A pouca idade e a falta de experiência a levaram a trabalhar como empregada doméstica em uma casa em Planaltina onde permaneceu por três anos. Depois de ter passado por outros empregos decidiu fazer no Senac o curso Técnico em Secretariado e foi contratada como atendente pela empresa onde fez o estágio do curso. Graças ao aprendizado adquirido no Senac, atualmente é diretora de ensino da Autoescola Brasiliense.
“O curso do Senac foi o grande diferencial na minha carreira”, diz Elismar, lembrando que quando terminou o curso participou do Enem e conseguiu entrar em uma faculdade com bolsa integral para o curso Tecnólogo em Marketing. “Todo o aprendizado nessa instituição foi válido, principalmente nas matérias de português e matemática. As aulas de redação foram fundamentais para que eu me saísse bem na prova do Enem”, destaca.
Casada e mãe de dois filhos, a moradora de Planaltina conta que fez o curso no Senac sem pagar, por meio do Programa Senac de Gratuidade. “Estava desempregada e vi algo na internet falando sobre os cursos profissionalizantes gratuitos. Na mesma hora me inscrevi e depois de alguns dias fui selecionada”, explica. Elismar começou o curso em 2009 e terminou em 2010, na unidade de Sobradinho. “Escolhi esse curso porque gostava de trabalhar na área administrativa. Na época que fui telefonista no Extra, ficava observando o trabalho das secretárias e me interessei”, destaca.
A auto-escola onde trabalha atualmente não foi a primeira. Antes trabalhou na Serrana, onde foi contratada como atendente durante o estágio do curso. Ficou lá durante um ano, quando precisou sair para fazer o estágio da faculdade. Em 2012 retornou para o mesmo local, fez os cursos de instrutor e de diretor de ensino, cargo que ocupou antes de sair para o emprego atual. “O Senac mudou o rumo da minha vida profissional. Jamais imaginei que trabalharia em uma autoescola”, afirma. “Não tenho vergonha de falar que já fui empregada doméstica. Ao contrário, faço questão de mostrar como comecei e como estou hoje para que as pessoas tenham consciência de que também podem melhorar de vida”, conclui Elismar.
Foto: Cristiano Costa
