Skip to content

TRANSFORMAÇÃO DE VIDA

O sonho de Mario Carvalho de Sousa Baldez, 30 anos, era fazer faculdade de Letras para se tornar professor. Como não tinha condições de pagar uma faculdade, começou a trabalhar com panfletagem até que um dos contratantes o orientou a fazer um curso profissionalizante, indicando o Senac, que oferecia diversas oportunidades gratuitamente. Ao olhar a oferta de cursos, não se interessou por nenhum e passou a informação para sua mãe, que o inscreveu no curso de Cabeleireiro, já que ele, desde os 14 anos, gostava de cortar o próprio cabelo e dos irmãos. A iniciativa de sua mãe foi fundamental para que ele descobrisse uma profissão que jamais pensou exercer. Após o curso, Mario fez uma especialização na área, trabalhou em alguns salões e atualmente tem seu próprio negócio, a Barbearia Imperador, em Vicente Pires. Também realizou o sonho de ensinar, tornando-se instrutor do curso de Barbeiro no próprio Senac-DF.

“Minha mãe achou que eu daria certo nessa área e me inscreveu no curso de cabeleireiro. Eu fiz, mas pensei em desistir várias vezes porque não tinha contato nenhum com tesoura e secador, eu só cortava o cabelo com a máquina, não tinha nada profissional. E quando cheguei no curso vi que era mais difícil. A maioria dos alunos era mulher, que já tinha contato com secador, chapinha e eu não sabia a diferença de shampoo e condicionador. Fui criado numa casa com quatro homens e minha mãe, nunca fomos muitos vaidosos. Então tudo no curso para mim era novidade”, relembra Mario.

Assim que terminou o curso de Cabeleireiro, Mario iniciou, também no Senac, o curso Aperfeiçoamento em Corte e Escova. “Os dois cursos foram pelo Programa Senac de Gratuidade (PSG)”, conta ele, que uma semana depois conseguiu emprego em outro salão, fazendo cortes femininos e masculinos.

Em 2017, surgiu a oportunidade de participar de um processo seletivo no Senac para instrutor do curso de Barbeiro. “Eu tinha muita vontade de fazer Letras para ser professor. Quando comecei a fazer o curso de Cabeleireiro, vi que ficou mais distante de fazer a faculdade, tive que abrir mão de ser professor pois achava que nessa profissão não dava para fazer isso. Até que conheci uma professora do Senac que falou que tinha pós em Letras e tinha como ser professor nessa área”, explica Mario, que foi aprovado em 1º lugar no processo seletivo do Senac e logo começou a dar aulas.

“Eu vejo isso na sala de aula porque a maioria dos meus alunos tem uma renda baixa, não tem perspectiva de vida, não tem conhecimento do potencial deles, não tem uma profissão. E quando você fala do curso e das possibilidades que ele traz, isso muda as pessoas”, afirma o docente lembrando que ao entrar no mercado de trabalho, o aluno não leva só o aprendizado técnico, mas todo um conjunto de vida, de educação, de venda, de marketing, de como lidar com as pessoas.

Compartilhar:

Facebook
Twitter
LinkedIn
WhatsApp
Veja mais!

Notícias Relacionadas

Pular para o conteúdo