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Brasília tem muitas histórias para contar e uma delas, escrita com traços de Oscar Niemeyer e sonhos de gerações, completou um capítulo especial nesta quarta-feira (26). A Casa de Chá, um dos marcos arquitetônicos mais charmosos da capital, comemorou seu primeiro ano de reabertura como café-escola do Senac-DF, devolvendo ao brasiliense e aos turistas um pedaço precioso da cidade, agora cheio de vida, aprendizado e cultura.

Depois de anos fechada, a Casa de Chá ressurgiu em 2024 graças a uma parceria entre o Senac-DF e a Secretaria de Turismo do DF (SETUR-DF). Localizada na Praça dos Três Poderes, a obra de Niemeyer, tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), voltou a ser ponto de encontro, aprendizado e orgulho para todos.

O presidente do Sistema Fecomércio-DF, José Aparecido Freire, reforçou o impacto do projeto. “Em apenas um ano, já vemos resultados concretos, além das oportunidades de aprendizagem, fortalecimento da economia criativa e valorização da identidade de Brasília.”

Hoje, mais do que uma cafeteria, o espaço é uma verdadeira escola de formação profissional. Ali, estudantes do Senac vivenciam, na prática, os desafios do dia a dia, aprendendo sobre gastronomia, atendimento e hospitalidade enquanto servem o público. Uma experiência que transforma não só os alunos, mas também o cenário da cidade.

“Dedico o sucesso do Café-Escola à energia, entusiasmo e dedicação de toda a equipe do Senac-DF, são muitos profissionais comprometidos com o desenvolvimento da nossa capital”, celebrou o diretor regional do Senac-DF, Vitor Corrêa.

Em apenas 12 meses, mais de 150.500 pessoas visitaram a Casa de Chá, que oferece muito mais do que cafés e quitutes. O espaço valoriza o design e a produção local, com mobiliário de designers do DF, além de souvenires, cerâmicas, vinhos e produtos regionais.

Presentes para os visitantes
Para celebrar o primeiro aniversário, uma programação especial foi preparada. A exposição “Entre o traço e o tempo”, fruto de parceria com o Arquivo Público do Distrito Federal (ArPDF), apresenta fotografias e documentos inéditos de Oscar Niemeyer, revelando segredos e detalhes da construção de Brasília e da própria Casa de Chá. A mostra é gratuita e segue aberta ao público até 10 de julho.

“É uma oportunidade rara de revisitar a história de Brasília através de documentos originais. Não só a genialidade de Niemeyer, mas também o contexto humano e social da nossa capital ganham destaque”, explicou o superintendente do ArPDF, Adalberto Scigliano.

Outro ponto alto da celebração é a pré-estreia do documentário “Brasília 65 anos – Do Sonho ao Concreto: Heróis Anônimos”, produzido pela Academia Brasileira de Ciências, Artes, História e Literatura (ABRASCI). O filme homenageia os trabalhadores que ajudaram a construir Brasília, resgatando memórias e dando voz aos protagonistas anônimos da cidade. E terá exibição para o público neste sábado (28), na Praça dos Três Poderes.

“Brasília é um feito coletivo, e o documentário presta homenagem a todos que transformaram o sonho em concreto”, destacou o diretor do filme, Walther Neto.