Aluna da Faculdade Senac-DF se forma em tecnologia e transforma paixão de infância em carreira de sucesso

Desde a infância, Silvia Benfica nutre uma paixão pela tecnologia, alimentada pelas visitas ao local de trabalho do seu pai. A fascinação a levou a buscar uma formação sólida na área, com uma educação que fosse além das paredes da sala de aula tradicional.

Ao descobrir o Senac-DF, Silvia encontrou o ambiente para desenvolver suas habilidades. “O Senac me trouxe a oportunidade de aprender rápido em um tempo menor, com bons professores e com uma boa estrutura”.

E em apenas três meses da graduação em Gestão em Tecnologia da Informação, pela Faculdade Senac-DF, já iniciou sua jornada profissional, com um estágio na Receita Federal, que logo se transformou em uma posição permanente por meio de uma empresa terceirizada.

A faculdade não apenas preparou Silvia tecnicamente, mas também mudou seu ponto de vista sobre as mulheres na tecnologia. Ela se formou em 2012. “A faculdade mudou o meu pensamento sobre mulheres executando trabalho de tecnologia, e mulheres à frente disso. E é tão difícil, hoje em dia mesmo, vermos o gênero feminino nesse tipo de trabalho, porque quando eu vejo, fico admirada. Então, a minha perspectiva era a de ser quem eu sou hoje: uma gestora da área de tecnologia e de inovação que apoia projetos de meninas jovens por meio da minha empresa”.

Gestora e empresária

Hoje, Silvia é um exemplo na indústria de tecnologia, com uma carreira consolidada como gestora de agronegócio, contribuindo para a eficiência produtiva e sustentável das cadeias produtivas com aplicação de técnicas de gestão, comercialização e integração de novas tecnologias para o campo.

Cofundadora de duas empresas, uma focada em tecnologia para o agronegócio, essa atuação possibilita a empresária levar desenvolvimento digital a regiões carentes, já a outra, traz prestação de serviços com mão de obra qualificada.

Como exemplo à luta de desigualdade de gênero, Silvia serve de inspiração a inclusão e a participação das mulheres na tecnologia. “Já aconteceu de eu ser a única mulher presente na sala e mesmo assim lutar diariamente para as pessoas me respeitarem e aceitarem minha capacidade técnica. Isso é o que eu sirvo de inspiração, para outras meninas que estão aí no mesmo caminho que eu, porque é um universo muito masculino”.

Sua jornada é a prova do poder de transformação da educação. E como qualquer inspiradora, Silvia deixa um conselho para alguém que está começando o seu próprio negócio,“Não olhe para as dificuldades, olhe para o objetivo que você quer alcançar”.

Aluna medalhista em competição nacional se forma pelo Senac-DF

Loren Cardoso, de 20 anos, teve sua vida transformada após entrar no curso de Técnico em Enfermagem, oferecido pelo Senac na unidade da 903 Sul. Em pouco tempo, a jovem experimentou fortes emoções. No dia 31 de outubro de 2021, ela foi medalha de prata, na ocupação Cuidados de Saúde e Apoio Social, na 3ª edição das Competições Senac de Educação Profissional, o maior torneio de educação profissional do País. Já no dia 28 de julho deste ano, ela se formou no curso e agora pode exercer a profissão com excelência no mercado de trabalho.

Feliz com a conquista, a medalhista do Senac-DF, Loren Cardoso, destaca que a competição, ofertada pelo Departamento Nacional do Senac mudou sua vida profissional e também pessoal. “O que eu era antes e o que eu sou agora são pessoas totalmente diferentes. Eu não sei o que seria o meu atendimento ao paciente sem a competição. Comecei do zero e todo o processo para a competição me transformou em uma profissional que está apta a atender alguém de forma diferenciada e bem humanizada” revela.

Ela diz ainda que passaria por todo o processo novamente se fosse preciso. “Viveria tudo de novo. Se pedissem para eu voltar amanhã para a competição eu voltaria sem nenhuma dúvida. Estou muito feliz e grata por poder levar essa conquista para o Distrito Federal”, diz. “Levar a prata para o Distrito Federal mostrou como vale à pena o investimento nesse projeto porque a competição muda a vida das pessoas. Saber que muitos outros alunos podem receber o mesmo treinamento me deixa extremamente orgulhosa da instituição que me formou”, completa.

Sobre a formatura, realizada no dia 28 de julho, no auditória da 903 Sul, Loren destaca que foi um momento muito feliz e de realização em sua vida. “É uma mistura de sentimentos e isso se intensifica ainda mais quando eu rememoro a trajetória do curso e a instituição que escolhi. O curso de técnico em enfermagem pelo Senac é extremamente completo, a gente sai não só formado, mas com a sensação de que iremos fazer a diferença no mercado de trabalho, desde as técnicas e condutas até a parte humanizada da profissão”, conclui Loren.

Competições Senac

De iniciativa do Departamento Nacional, a disputa nas Competições Senac exige um desempenho de excelência dos estudantes em diversas áreas. Cada ocupação teve até oito módulos de prova e cada prova teve um tempo para sua realização. Todos os competidores foram supervisionados simultaneamente pelos avaliadores.


Sonho realizado na área de moda

Após fazer diversos cursos no Senac-DF, Inajara Bianca de Oliveira Pedra, de 44 anos, alcançou o seu sonho: abrir uma loja física de revenda e confecção de roupas – localizada na 303 do Sudoeste. Pedagoga de formação, sua trajetória no Senac começou em 2018, quando fez um curso de Personal Stylist. Logo depois, ela emendou um curso de corte e costura. Em 2019, voltou a instituição e fez outro curso, desta vez de consultoria de imagem. Em 2021, Inajara Bianca procurou por mais uma especialização e novamente recorreu ao Senac: fez o curso online de e-commerce.

Ela diz que o Senac-DF mudou a sua vida e a paixão pela moda foi só aumentando. “Como meu sonho era mexer com moda, procurei o Senac, indicação de um amigo. O primeiro curso foi muito bom, aprendi bastante. Como eu queria conhecer os diversos estilos eu fiz o Personal Stylist, meu primeiro curso. Passava o dia inteiro na instituição, almoçava por lá e ficava conversando com os professores”, explica.

Após a primeira experiência, Inajara sentiu necessidade de saber mais e mais. Foi aí que entrou para a turma de Corte e Costura, onde conheceu a professora Maria Cristina Gomes de Oliveira. “Os professores do Senac são diferenciados. A Cristina me ajudou e incentivou muito. Ela disse para eu correr atrás do sonho e me passava muita confiança. Ela falava com tanto amor, me ajudava, tirava minhas dúvidas, pegava quase que na mão mesmo”, explica.

Com o conhecimento adquirido, começou a botar a mão na massa. Hoje, a sua loja batizada de Flor de Bia trabalha com 10% de roupas elaboradas por ela, os outros 90% são de revenda. Inajara explica ainda que o Senac a aproximou ainda mais de sua filha, que virou sua sócia. “Trabalho com a minha filha, somos muito amigas. Ela está terminando o curso de psicologia e acabou embarcando junto comigo nesse sonho. Ela gosta muito de desenhar e eu faço o molde e a costura, com as técnicas que aprendi no Senac. Ela também é a modelo da loja e faz toda a divulgação. Nas horas vagas também me ajuda na loja. Até minha mãe entrou, ela é a minha modelo madura”, conta.

A empreendedora explica que as vendas começaram a melhorar esse ano, após o pico da pandemia. “Muitos amigos já viraram clientes e as peças de minha autoria vendem mais do que as de revenda. Agora quero fazer um ateliê e contratar mais pessoas para que eu possa crescer e fazer uma produção de peças maior”, informa. Apesar de ter feito diversos cursos no Senac, ela pretende fazer mais. O próximo será o de Modelagem. “Eu cheguei a fazer um curso de modelagem on-line, em outra instituição, mas acabei não gostando muito. O Senac tem um diferencial, realmente é muito mais atencioso do que as outras escolas que conheço”, destaca.

O empreendimento Flor de Bia trabalha com vendas online, pelo Instagram: @Lojaflordebia, ou pelo Whatszapp: 98136-7866. A loja física funciona das 9h às 18h e fica localizada na 303 do Sudoeste, bloco C, Loja 62, edifício Le park.

Oportunidade para mudar de vida

Carmem Idalina Porfírio, 52 anos, trabalhou como agente de portaria em um prédio residencial até 2016, quando ficou desempregada. Mãe de duas filhas e única responsável pelos meios de subsistência delas, adoeceu com a situação, entrou em depressão e o gasto com medicação a fez ficar sem nada. Viveu 4 anos nessa situação. Sem perspectiva de vida ou de um futuro melhor, chegou a passar fome e a perder a esperança. Até que viu uma placa anunciando cursos gratuitos de qualificação profissional do Senac em uma instituição parceira no Recanto das Emas, o Recanto das Artes, e resolveu se informar. Saiu de lá matriculada em dois cursos: Confeiteiro e Salgadeiro. A decisão de se profissionalizar mudou sua vida e a transformou na proprietária do Ateliê Carmem Porfírio, especializado em bolos, tortas e doces.

O começo foi difícil, pois sem recursos financeiros, ela caminhava todos os dias de sua casa até o local das aulas, um percurso de 4 km, que ao final do dia totalizavam 16 km, já que fazia duas vezes, um de manhã, para o curso de Confeiteiro, e outro à tarde, para o curso de Salgadeiro. “Saia de manhã cedinho, muitas vezes não tomava café porque não tinha o que comer. Saia de casa com fome, andava 4 km, fazia o curso, voltava em casa e fazia alguma coisinha para dar para minhas filhas quando tinha, como arroz e ovo, e voltava para o curso. Não foi fácil. Muitas vezes eu comia o que tinha no curso, um bolo que era feito, os lanches que minhas colegas às vezes faziam e dividiam. As professoras me ajudaram muito também”, conta Carmem.

A empreendedora ressalta a importância do apoio dos profissionais do Senac e da instituição parceira. “O apoio das professoras foi fundamental. O pessoal do Senac que fazia as inscrições me ajudou muito e também o pessoal do Recanto das Artes, que se não tivesse cedido as salas não teria o espaço para fazer o curso. Essas parcerias são muito importantes porque permite que a comunidade venha a usufruir daquilo que essa empresa está oferecendo”, destaca. “Apesar de todas as dificuldades que passei, eu tinha certeza de que aquela oportunidade que o Senac me deu nenhuma outra empresa ia dar. Então eu agradeci a Deus todos os dias porque o Senac fez essas unidades em comunidades como a minha, para pessoas que realmente precisam, pessoas que não têm perspectiva de vida, que não têm um rumo, muitas vezes não têm estudo, não têm dinheiro da passagem. Com o Senac aqui no Recanto eu podia ir andando, mas se fosse no Plano eu teria que pagar passagem e isso seria para mim inviável, impossível”, afirma.

A empreendedora aproveitou todas as oportunidades e fez no total 10 cursos no Senac. Além de Confeiteiro e Salgadeiro, ela fez cursos online gratuitos voltados a empresários e empregados do setor do comércio, como Ferramentas de Marketing Digital, Liderança Coach, Planejamento e Estratégias de Empreendedorismo para o Comércio, Liderança, além dos cursos Comida Natalina, Aperfeiçoamento de Tortas Doces e Salgadas, Técnicas de Produção de biscoitos Finos e Artesanais e Cake Design. “Deus mandou o Senac para ser um divisor de águas na minha vida”, declara.

 “Hoje eu trabalho, vendo o meu bolo, abro uma conta, minha filha está formada na faculdade, a outra estuda, comprei tudo o que eu precisava. Hoje tenho comida na minha casa, como bem, não sou depressiva, não sou mais doente, não tenho complexo de inferioridade, hoje eu sou uma pessoa realizada e respeitada, principalmente pelos vizinhos. Agora eu falo que sou confeiteira, cake design e salgadeira. Isso para mim mudou a história. Quando falo para uma pessoa que tenho curso do Senac, isso traz uma credibilidade a mais. Essa oportunidade foi uma mudança completa. Hoje eu me vejo uma mulher realizada”, finaliza.

PAIXÃO POR DOCES

O sonho de trabalhar na área de confeitaria fez a maranhense Raynara Moura, 23 anos, desistir de cursar Arquitetura para fazer Gastronomia. Mesmo apaixonada por doces e por tudo o que as técnicas de confeitaria permitem produzir, quando a jovem terminou o ensino médio decidiu ser arquiteta. Mas antes mesmo de se matricular no curso escolhido desistiu. Resolveu correr atrás do seu sonho e entrou para a faculdade de Gastronomia. Para se especializar na área que mais gosta, quando terminou o curso superior procurou o Senac-DF e fez curso de Confeiteiro. Iniciou em janeiro de 2019 e em março do mesmo ano, inaugurou, em Samambaia Norte, um ateliê de bolos que leva o seu nome.

Raynara nunca trabalhou em outra área. “Fui para o mercado da gastronomia para ter certeza de que era aquilo que eu queria e já na faculdade comecei a fazer algumas coisas em casa mesmo. Quando terminei a faculdade, fui para o curso de Confeiteiro e lá tive certeza de que era isso o que eu queria e abri meu próprio negócio”, explica a jovem que, antes de abrir sua empresa, tentou trabalhar em confeitarias para adquirir experiência, mas não conseguiu.

“Geralmente o mercado de trabalho não é tão aberto para quem não tem experiência, para quem nunca trabalhou. Apesar de eu saber um pouco, eu sabia o pouco da faculdade e daqui de casa mesmo, as pessoas não queriam me contratar. Ao ver essa dificuldade eu pensei que sabia o caminho a seguir e sabia fazer, então decidi tentar sozinha, abri meu negócio e passei a trabalhar para mim mesma. Foi a melhor decisão”, comemora.

A jovem ressalta que aprendeu no curso do Senac toda a teoria sobre empreendedorismo. “O curso não é só ali na prática da cozinha, a gente tem toda uma teoria por trás, aprende a fazer tudo. Apesar de ter feito a faculdade, no Senac foi mais específico para o que eu queria, que era a confeitaria. Empreendimento, ficha técnica, cuidar dos negócios, como reconhecer o cliente, saber o que o cliente quer, tudo isso aprendi no curso do Senac”, explica, destacando que na faculdade teve aulas teóricas e práticas, mas eram assuntos mais abrangentes.

“Na faculdade de Gastronomia a gente aprende sobre cozinha internacional, regional, tem até confeitaria, panificação, mas é uma coisa bem superficial, a gente aprende o arroz com feijão, como dizem, o gourmetizar a gente aprende depois, porque cada um vai para a área que pretende se especializar. Então você tem que aprofundar os conhecimentos na área que deseja atuar só depois da faculdade e eu escolhi fazer isso no Senac”, explica. No ateliê de Raynara, o cliente tem acesso aos produtos à pronta entrega como bolos, doces, sobremesas, bolos no pote e fatias de bolo. “Trabalhamos muito de forma online por meio das redes sociais como Instagram e WhatsApp e fazemos delivery também”, ressalta a empreendedora.

Conheça o perfil do Raynara Moura Ateliê de bolos no Instagram clicando aqui.

TRANSFORMAÇÃO DE VIDA

O sonho de Mario Carvalho de Sousa Baldez, 30 anos, era fazer faculdade de Letras para se tornar professor. Como não tinha condições de pagar uma faculdade, começou a trabalhar com panfletagem até que um dos contratantes o orientou a fazer um curso profissionalizante, indicando o Senac, que oferecia diversas oportunidades gratuitamente. Ao olhar a oferta de cursos, não se interessou por nenhum e passou a informação para sua mãe, que o inscreveu no curso de Cabeleireiro, já que ele, desde os 14 anos, gostava de cortar o próprio cabelo e dos irmãos. A iniciativa de sua mãe foi fundamental para que ele descobrisse uma profissão que jamais pensou exercer. Após o curso, Mario fez uma especialização na área, trabalhou em alguns salões e atualmente tem seu próprio negócio, a Barbearia Imperador, em Vicente Pires. Também realizou o sonho de ensinar, tornando-se instrutor do curso de Barbeiro no próprio Senac-DF.

“Minha mãe achou que eu daria certo nessa área e me inscreveu no curso de cabeleireiro. Eu fiz, mas pensei em desistir várias vezes porque não tinha contato nenhum com tesoura e secador, eu só cortava o cabelo com a máquina, não tinha nada profissional. E quando cheguei no curso vi que era mais difícil. A maioria dos alunos era mulher, que já tinha contato com secador, chapinha e eu não sabia a diferença de shampoo e condicionador. Fui criado numa casa com quatro homens e minha mãe, nunca fomos muitos vaidosos. Então tudo no curso para mim era novidade”, relembra Mario.

Assim que terminou o curso de Cabeleireiro, Mario iniciou, também no Senac, o curso Aperfeiçoamento em Corte e Escova. “Os dois cursos foram pelo Programa Senac de Gratuidade (PSG)”, conta ele, que uma semana depois conseguiu emprego em outro salão, fazendo cortes femininos e masculinos.

Em 2017, surgiu a oportunidade de participar de um processo seletivo no Senac para instrutor do curso de Barbeiro. “Eu tinha muita vontade de fazer Letras para ser professor. Quando comecei a fazer o curso de Cabeleireiro, vi que ficou mais distante de fazer a faculdade, tive que abrir mão de ser professor pois achava que nessa profissão não dava para fazer isso. Até que conheci uma professora do Senac que falou que tinha pós em Letras e tinha como ser professor nessa área”, explica Mario, que foi aprovado em 1º lugar no processo seletivo do Senac e logo começou a dar aulas.

“Eu vejo isso na sala de aula porque a maioria dos meus alunos tem uma renda baixa, não tem perspectiva de vida, não tem conhecimento do potencial deles, não tem uma profissão. E quando você fala do curso e das possibilidades que ele traz, isso muda as pessoas”, afirma o docente lembrando que ao entrar no mercado de trabalho, o aluno não leva só o aprendizado técnico, mas todo um conjunto de vida, de educação, de venda, de marketing, de como lidar com as pessoas.

CONQUISTANDO O MERCADO

Quando ainda estava no ensino médio, a brasiliense Hylane Luiz Damascena, 30 anos, pensava em fazer faculdade de Biologia. Em 2008, surgiu a oportunidade de fazer um curso técnico gratuito por meio de uma parceria firmada, à época, entre o GDF e o Senac-DF. Para não perder a chance de ter uma qualificação profissional, a jovem se inscreveu para o curso Técnico em Nutrição. Um ano depois, ainda estudando no Senac, ela participou de um concurso público da Secretaria de Saúde do Distrito Federal e foi aprovada. Em 2010 terminou o curso e um ano depois assumiu o cargo de técnica em nutrição da secretaria, conquistando assim seu primeiro emprego.

Hylane não parou por aí. Assim que terminou o ensino médio, entrou para a faculdade de Biologia e realizou o sonho de se tornar bióloga. Fez mestrado na área de Ciências da Saúde e está terminando o doutorado em Patologia Molecular. Atualmente exerce duas profissões: a de técnica em nutrição e a de professora de biologia. “Atuo há 9 anos na Secretaria de Saúde. Entrei com 20 anos. Isso só foi possível devido à oportunidade que tive ao fazer um curso no Senac”, afirma a jovem.

Para conseguir fazer dois cursos ao mesmo tempo, o 3º ano do Ensino Médio e o técnico, Hylane teve que encontrar uma forma de conciliar os estudos com sua rotina. Para isso, optou por cursar o técnico aos sábados e domingos na unidade do Senac em Taguatinga. Durante a semana, além do ensino tradicional, fazia curso de inglês. Em 2009, quando terminou o ensino médio, já entrou logo para a faculdade. Foi nesse período que fez a prova para o concurso e lembra que teve apoio da professora do curso técnico. “Quando surgiu a oportunidade, todos da turma quiseram fazer o concurso. O fato de ainda estarmos cursando o técnico ajudou muito, pois a professora, na época, fazia questões de concurso com a gente. Acabei passando e fui chamada em 2011”, conta.

Segundo a jovem, o curso técnico foi fundamental para iniciar sua vida profissional e garantir a conquista de tudo o que sonhou. “O curso técnico é uma ótima forma de você alavancar a sua carreira porque você não precisa fazer 4 anos de faculdade para conseguir um emprego. Quando eu comecei a trabalhar ainda estava na faculdade e o emprego me permitiu fazer todos esses cursos, como o mestrado e doutorado por exemplo, porque eu já conseguia me manter”, explica.

Como técnica em nutrição, Hylane trabalha em todas as clínicas do Hospital Regional de Taguatinga (HRT), dependendo da escala, e uma das suas funções é a elaboração das etiquetas de dieta dos pacientes por meio dos mapas de dieta. “Além disso, em conjunto com a nutricionista, trabalhamos em prol da recuperação do paciente por meio da nutrição e acompanhamos a distribuição para que essa refeição chegue ao paciente de forma correta”, destaca.

Mudança de carreira

.

A jovem Rayna Soares Ferreira, de 28 anos, procura fazer sempre o melhor, junto com o marido, para garantir mais qualidade de vida aos três filhos. A tarefa de conciliar dois empregos com a educação das crianças não tem sido fácil. Mesmo assim, ela busca constantemente o aprimoramento profissional por meio de cursos. Iniciando este semestre um curso superior de Matemática, a jovem aproveitou a oportunidade de se qualificar no Senac-DF para tentar mudar de área nos empregos. Ao fazer o curso de Assistente de Logística por meio do Programa Senac de Gratuidade (PSG), Rayna conseguiu deixar o cargo de operadora de caixa e passou a atuar na área de logística, em uma das empresas que trabalha, recebendo o dobro do salário.

O curso feito no Senac do Gama foi uma das três opções escolhidas no processo de inscrição. Além do Assistente de Logística, ela tentou o Técnico em Contabilidade e o Técnico em Secretariado. “Fiquei desanimada porque queria mesmo o de Contabilidade, já que só falta uma matéria na faculdade para terminar esse curso superior. Tive que trancar por questões financeiras”, explica Rayna, lembrando que pensou em desistir do Assistente de Logística por sentir que não se encaixava no curso. “Foi o professor Lúcio que me incentivou a continuar. Eu comecei o curso muito desanimada e com medo de não ser o meu perfil. As aulas eram por meio de plataforma digital e eu fiz o curso utilizando as horas de almoço e de folga para estudar. Eu chegava em casa do trabalho e já ia para as aulas”, explica ela, referindo-se ao instrutor do curso, Lúcio Alexandre Souza Lordes.

Rayna trabalhava nas duas empresas como operadora de caixa há mais de 10 anos e resolveu continuar no curso de logística para tentar mudar de área. “Não queria ficar o tempo todo como operadora de caixa. Eu queria mudar, inovar. Acredito que a gente tem que fazer mudanças em nossa vida, não podemos nos acomodar”, afirma. “Eu acho que a pessoa só não consegue nada se não quiser. Tem que correr atrás, se qualificar para mudar de vida. Sou mãe de três filhos, eles têm necessidades diferentes, então eu tenho que correr atrás mesmo. Não adianta ficar parada dentro de casa esperando o tempo todo porque assim nada vai acontecer. Meu sonho é dar uma vida digna para os meus filhos”, esclarece.

A mudança na carreira da jovem começou antes mesmo dela terminar o curso. Foi por meio de um trabalho que teria que entregar para finalizar o curso, que conseguiu se destacar na empresa ao procurar o gestor de logística para tirar dúvidas e conversar sobre o tema. “O professor disse que teríamos que fazer o projeto integrador em grupo. No início as minhas ideias não agradaram, então decidi ficar com a parte de apresentação do trabalho. Mas não estava satisfeita e tinha que contribuir com alguma coisa. Como trabalho em uma empresa multinacional e de grande porte, procurei o chefe de logística e apresentei minha dúvida. Quando disse que estava me qualificando em logística pelo Senac, o chefe disse que o setor precisava de um profissional nessa área qualificado e me deu a vaga”, explica Rayna, que assumiu o novo cargo em 18 de setembro.

Hoje ela é grata ao professor por não tê-la deixado desistir, aos colegas que fizeram o trabalho com ela e ao Senac pela oportunidade. “O curso foi todo online e a gente teve muito suporte. Muito mesmo. Qualquer dúvida o professor estava pronto para responder, não importava a hora. O curso foi muito dinâmico, teve muita prática, teve web conferência, aprendi bastante. O professor sempre estava com a gente e o Senac sempre estava pronto para nos ajudar. Foi muito bom”, conclui.

Conquista do emprego

.

O brasiliense Remycley Pereira dos Santos, 30 anos, ainda era estudante do Ensino Médio quando decidiu fazer um curso técnico. A oportunidade surgiu por meio de uma parceria firmada na época entre o governo local e o Senac-DF, que ofertava gratuitamente cursos técnicos para alunos de escolas públicas. Ao escolher o Técnico em Nutrição, por influência de uma amiga, Remy, como é conhecido, não imaginava que a identificação com a área seria imediata. Antes mesmo de terminar o curso, em 2009, ele se inscreveu em um concurso público da Secretaria de Saúde do Distrito Federal na área que estudava, fez a prova e passou. Nomeado em 2010, assumiu o cargo de técnico em nutrição e conquistou seu primeiro emprego, como funcionário público, aos 20 anos.

Remy conta que no início foi difícil conciliar as aulas do ensino médio com o curso técnico, realizado no Senac de Taguatinga, e chegou a pensar em desistir. “Tive que fazer o curso técnico, a princípio, nos finais de semana. Quando terminei o ensino médio, entrei logo na faculdade. Eu tinha aulas quase todos os dias da semana e tive que conciliar as matérias do curso superior com as do curso técnico, pegando ônibus, chuva e com pouco dinheiro para o lanche. Foi um período muito difícil para mim. Pensei muitas vezes em desistir porque não sabia se realmente precisava daquilo tudo. Eu não estava vivendo, estava sobrevivendo”, lembra.

Mas a força de vontade e a certeza de que o aprendizado não seria em vão fez com que continuasse os estudos. “Eu tinha na minha cabeça que eu não poderia desistir do curso técnico porque ele seria a minha ajuda para entrar no mercado de trabalho”, explica Remy, que além do técnico, fez graduação em Jornalismo e em Letras – Espanhol. “Eu me formei em duas áreas que não têm nada a ver com a nutrição, mas também trabalho nelas. Então minha vida continua essa correria louca. Mas a profissão que me dá melhor retorno financeiro é o de técnico em nutrição. Sou muito grato às pessoas que me ajudaram na época por não me deixarem desistir do curso técnico porque ele fez uma diferença na minha vida e está fazendo até hoje”, afirma Remy.

Remy destaca que a qualidade do curso do Senac, a metodologia e os professores são excelentes, e aconselha quem estiver fazendo um curso a não desistir porque a qualificação vai ser um diferencial na vida do aluno. “Eu estudei no Senac, fiz dois cursos superiores, tive a oportunidade de fazer intercambio, estudei no exterior e posso dizer com uma certa propriedade que o curso do Senac não perde em nada para um curso lá fora, por exemplo, principalmente por causa da metodologia que é aplicada. “Tenho certeza que você lá na frente vai colher bons frutos desse esforço de hoje. Eu colhi e ainda colho frutos muito bons de coisas que eu plantei há 10, 15 anos. Isso eu tenho certeza”, comemora. “Sou muito grato principalmente ao Senac por ter me proporcionado tudo o que conquistei”, conclui.