Ajudar ao próximo e contribuir com o banco de sangue da Fundação Hemocentro de Brasília (FHB) foram as principais razões que levaram 32 alunas dos cursos de Depilação, Manicure e Cabeleireiro do Senac a comparecer ao Hemocentro, nesta sexta-feira (7), para doar sangue. Desde o início de 2014, a ação de solidariedade é realizada a cada início ou encerramento dos cursos promovidos pelo Senac Ações Móveis na instituição Ação Social João XXIII , localizada no Gama Leste.
“Desde 2014, quando implantamos essa ação, que faz parte do projeto integrador do Senac, 75 alunos do João XXIII doaram sangue. Desta vez contamos com a participação de alguns alunos da turma de Cabeleireiro do Recanto das Emas”, explica Maria Lucila Lins Lago, gerente do Senac Ações Móveis. “Nosso objetivo é estender essa atividade a todas as turmas das Ações Móveis”, destaca.
À frente dessa ação desde o início, Gislene de Souza, instrutora do curso de Depilação, destaca que a doação de sangue é um ato de amor ao próximo e de cidadania. “Além da solidariedade, a ação desperta o conhecimento e a valorização da própria pessoa que passa a se reconhecer como um ser capaz de agir”, afirmou.
Doando sangue pela primeira vez, a aluna Vanessa Farias Maires, de 28 anos, afirma que se não tivesse feito o curso de Depilação no Senac talvez nunca se tornasse doadora, pois não tinha acesso às informações sobre como proceder. “Nunca havia pensado em doar sangue. Agora que eu sei que muitas pessoas precisam vou doar sempre que puder”, diz.
Também doando pela primeira vez, a aluna Vera Lúcia B. C. Silva, de 48 anos, destaca que parte da família é doadora, mas ela nunca conseguiu por falta de oportunidade e de tempo. “Já que estou aqui, vou aproveitar para entrar no cadastro de doação de medula óssea também. Essa oportunidade que o Senac deu aos alunos é muito importante. Doar sangue é um ato de amor, não traz dano algum para o doador. Ao contrário, só faz bem”, diz.
Para o Hemocentro, toda ajuda é importante, pois o órgão é o único fornecedor de sangue do Distrito Federal que abastece toda a rede hospitalar pública, além de grandes hospitais com os quais possui convênio de fornecimento de sangue, como o Hospital da Criança, a Rede Sarah e até mesmo hospitais privados. Atualmente, cerca de 2% da população tem doado sangue. “A gente percebe que precisa aumentar constantemente esse patamar porque a população cresce, os serviços de saúde ficam mais especializados, as doenças populacionais aumentam e quando as pessoas vão envelhecendo, acabam dependendo mais de procedimentos que envolvem a transfusão de sangue”, destaca Rodolfo Duarte, gerente do Ciclo de Doações da Fundação Hemocentro.
