A importância da troca de conhecimento entre brasileiros e estrangeiros promoveu encontros na Faculdade de Tecnologia Senac-DF em 2018 e continuará neste ano com projetos em parceria com a Associação Internacional de Estudantes em Ciências Econômicas e Comerciais (AIESEC, sigla em Francês). Em 2018, a presidente da AIESEC em Brasília, Amynah Luli, proferiu uma palestra para os alunos de graduação e pós-graduação presentes na XVI Jornada do Projeto Interdisciplinar da Faculdade, e dez intercambistas da AIESEC, que estavam em Brasília, participaram de atividades no Senac, principalmente na área de Tecnologia da Informação. Eles eram da Índia, Tunísia, Colômbia, México, Peru e Holanda.
“A parceria da Faculdade com a AIESEC já existia, mas nessa nossa gestão, decidimos sair do campo protocolar e trabalhar o desenvolvimento de competências e estímulo. Daí a importância da AISEC vir aqui, participar do nosso projeto, oferecer palestras, conversar com nossos alunos, chamar esses meninos e meninas que vieram do exterior para compartilhar suas experiências”, destacou Carlos Spezia, diretor da Faculdade Senac-DF. “É importante que esses jovens estimulem também os alunos da Faculdade Senac a ter essa visão de internacionalização, ou seja, como é trabalhar em outro país, como é conhecer, vivenciar culturalmente e profissionalmente em outros países”, completou o diretor.
Há quatro meses em Brasília, a peruana Alejandra del Rosario Flores Flores, 21 anos, gostou tanto da experiência que pretende morar na cidade por mais tempo. Ela veio primeiro para um intercâmbio social e agora está no profissional, por meio do qual trabalha em uma empresa. Tudo intermediado pela AIESEC. Como pontos positivos de um intercâmbio, ela destaca que o primeiro é sair da zona de conforto. “O segundo é enfrentar os seus medos, porque no meu país eu era muito tímida, não falava com ninguém. Aqui eu tenho que perguntar, pedir informações falar com as pessoas”, afirma.
Nascido na Tunísia, Marouane Bem Amara, 29 anos, está em Brasília há um ano e meio. “Decidi fazer um intercambio fora do meu país para ter uma nova experiência com pessoas que não falam a minha língua. Vim para o Brasil porque tenho amigos que já vieram para cá e também porque eu não falava Português. A cultura daqui é mais ou menos próxima a do meu país, já que é originária da África, então para mim foi mais fácil a integração”, afirma Marouane. “Decidi fazer intercâmbio também para aprender outro idioma. Mas não é só isso. No meu trabalho, convivo com pessoas da Índia, da Colômbia, do Peru, é uma experiência internacional”, destaca. “É muito bom fazer intercâmbio porque você conhece outra cultura, outra mentalidade, verá que as pessoas não pensam da mesma forma que você, aprende outro idioma, tem que fazer amigos de outro país, terá contato com pessoas de vários países”, conclui ele que, antes de vir para cá, fazia faculdade de Engenharia de Software e aqui trabalha na área.
Sobre AIESEC
A AIESEC é uma organização não-governamental internacional que promove intercâmbio para jovens de 18 a 30 anos em três modelos: social (ONG/escolas), empreendedor global (startups) e profissional (trabalho em empresas). A participação de jovens estrangeiros que estão no Brasil por meio da AIESEC em programas de intercâmbio voluntário, imersão em startups ou estágio em empresas. “A AIESEC é uma organização internacional que desenvolve liderança por meio do intercâmbio, com ambientes desafiadores e experiências práticas. Qualquer oportunidade que a AIESEC oferece em seus intercâmbios ela tem que ter duas premissas: ambientes desafiadores e práticos para os jovens de hoje colocarem em prática todo o seu conhecimento, se autoconhecer e desenvolver as competências que temos como organização nesses ambientes desafiadores”, explica Amynah Luli, presidente da AIESEC.
