Depois de passar 17 anos trabalhando em uma empresa de fast food, Cristianiana Gomes dos Santos, de 36 anos, resolveu mudar. Sem expectativas e cansada de ter passado tanto tempo no mesmo emprego, pediu demissão, entrou para a faculdade e decidiu que teria seu próprio negócio. Pensou em algo na área de confeitaria, já que a irmã tinha dom para fazer doces e ela gostava de administrar. Para isso, precisava entender como era a profissão. No início deste ano, surgiu a oportunidade de fazer um curso profissionalizante no Senac que mudou sua visão de negócio e a fez se apaixonar pela nova profissão, a de confeiteira.
Nascida em Formosa (GO) e morando no Distrito Federal desde os 8 anos de idade, quando veio com os pais e irmãos devido ao emprego do pai, Cristianiana passou a vida em Taguatinga, onde estudou, casou e mora atualmente. Aos 18 anos começou a trabalhar. Seu primeiro e único emprego foi em uma empresa de fast food onde começou como atendente e chegou a gerente do restaurante. Acostumada com a área de gestão e buscando o aprimoramento, decidiu fazer curso superior de Administração. “Queria ter formação na área que atuava para melhorar meu desempenho”, conta.
A rotina e o desgaste de estar na mesma empresa durante 17 anos a fez mudar de planos. Em agosto de 2013 decidiu pedir demissão para tentar abrir seu próprio negócio. Como queria investir na área de doces, decidiu fazer o curso de Confeiteiro. “Procurei o Senac por ser uma instituição reconhecida”, afirma. Ela iniciou o curso em fevereiro deste ano e no início de julho encerrou. Como o curso tem estágio supervisionado em empresas do ramo, ela foi para a doceria Dulce Patagônia, especializada em doces da região do extremo sul do continente americano. “Quando terminei o estágio, o proprietário fez uma proposta excelente e eu resolvi aceitar”, conta.
Cristianiana explica que na confeitaria que trabalha os doces são exclusivos, feitos com receitas da família do proprietário, que é chileno. “As técnicas que aprendi no Senac utilizo no meu trabalho, mas as receitas foram passadas pelo proprietário”, explica ela. “Antes do curso eu não sabia fazer nenhum tipo de doce, nem o mais simples. As aulas foram além das minhas expectativas, pois não sabia que teria tantas aulas práticas. Para mim o curso era mais teórico”, destaca.
O gosto pela confeitaria vai mudar os planos de Cristianiana mais uma vez. Como teve que trancar a faculdade de Administração para fazer o curso profissionalizante, ela agora pretende investir em outro curso superior. “Penso muito em fazer faculdade de Gastronomia. É um mundo fascinante”, conta, destacando que ainda pretende ter seu próprio negócio. “Mas por enquanto vou pegar mais experiência na doceria, que um lugar muito bom de trabalhar”, conclui.
Foto: Cristiano Costa