Dia dos namorados: distância e novas expectativas mexem com jovens casais

Quem diria que o dia dos namorados de 2020/2021 seria o da distância para tantos casais? No entanto, as circunstâncias podem fazer com que relacionamentos mudem de características. Diante da separação física, as pessoas têm resolvido, inclusive, se juntarem.  Seja como for, casais tiveram que se adaptar a uma nova rotina. Para alguns, a quarentena virou uma oportunidade para se aproximarem mais ou se reinventarem. O Dia dos Namorados é o primeiro de uma nova fase. Os pares que já se relacionavam à distância e os que tiveram que se adequar a ela devido ao distanciamento, buscam maneiras de celebrar a data, dia 12 de junho. Criada no Brasil em 1949 pelo publicitário João Doria Neto, tinha como slogan principal “Não é só com beijos que se prova o amor”. Naquele momento, a intenção era mercadológica. 

Autores: Bernardo Guerra (Estagiário de jornalismo da Faculdade Senac) , Arthur Ribeiro, Gabriella Tomaz e Thiago Quint
Fonte: Agência de Notícias UniCEUB (Escrita em 11 de Junho de 2020)

Conexão forte
Depois de se encantarem em um hostel no Rio de Janeiro, Camila Henrique, 28, e Juan Rivas, 29, começaram seu relacionamento em solo carioca e continuam o namoro até hoje mesmo com um coração na Argentina e outro no Brasil. Ele, de Mar del Plata, e ela, de São Paulo, estão há 6 meses juntos. Diante do momento de isolamento, citam a saudade física como o principal empecilho durante o período. Porém, acostumados a essa circunstância, já planejam morar juntos em breve, mais especificamente quando a situação nos seus países for normalizada. 
Embora a tentativa de tentar ir para Argentina passar a quarentena ao lado do namorado tenha sido frustrada – as fronteiras do país foram fechadas -, Camila não se diz muito apegada ao Dia dos Namorados, mas tem em vista outro dia importante se aproximando. “Eu nunca me apeguei a essa data. Eu estou mais preocupada com o aniversário dele, que é em junho”. Apesar da dificuldade imposta pelo atual momento, o casal frisa que o isolamento social trouxe resiliência. “Nos reinventamos dentro de nosso relacionamento, e, diferente do que era esperado que acontecesse, nos unimos ainda mais. Criamos uma conexão muito mais forte e estamos nos sentindo ainda mais prontos para começar a vida morando juntos”.

Camila e Juan se encontraram nas férias, e agora querem passar as próximas sempre juntos

Resiliência
Após se conhecerem em São Paulo durante o curso universitário e, logo em seguida, engatarem um namoro, Priscila Cantelli, 28, e André Caetano, 27,  estão juntos há seis anos e se relacionam à distância desde 2017, quando ele voltou para sua cidade, Guarapuava (PR). Eles comentam que conseguiram se adaptar bem rápido a esse cenário, apesar de no início acharem que seria difícil moldar a relação morando longe um do outro. Com o WhatsApp como seu maior aliado e ainda que a rotina seja corrida, ela acredita que o afastamento se tornou um ponto positivo na relação visto que, segundo ela, o par se aproximou mais e conseguiu aproveitar cada vez mais o tempo juntos, evitando brigas. 
A situação em que o país se encontra atualmente acabou jogando um balde de água fria nas intenções do casal para o Dia dos Namorados desse ano. “A gente estava super empolgado porque cairia bem no feriado, mas os planos não deram muito certo. Esse ano vai acabar sendo por facetime”, comentou Priscila. Eles pensam em uma futura volta de André para a capital paulista, e a jovem acredita que esse período serviu como um aprendizado. “Uma lição para valorizarmos mais os momentos em que podemos estar com a pessoa”.

Deu “match”
Quando o paulista Arthur Suman, 26, veio a Brasília encontrar seu pai, conheceu Tais Marques, 30, através de um aplicativo de relacionamentos, o Tinder, e hoje estão juntos há três meses. O casal, que só se via nos feriados, está tendo a oportunidade de passar a quarentena juntos, desde que a brasiliense foi para São Paulo de carro ficar com o namorado. Dentista e professora universitária, ela teve seus trabalhos paralisados devido aos decretos da capital, e está conseguindo ficar na casa de Arthur, que é médico, e está diretamente envolvido no combate ao vírus.
Segundo Tais, a quarentena foi um divisor de águas na vida dos dois, pois ele se conheceram mais e perceberam que ficar juntos é o que eles realmente querem. Na vida conjunta, ela vive os ônus e os bônus que a convivência em tempo integral proporciona. “Descobri que aprendi a lidar com a diferença, a ceder muitas vezes, a entender que a minha vontade não pode sobrepor a vontade do outro, que a gente tem que entrar em um consenso muitas vezes, e que, para ‘manter a paz’, às vezes ele deixa de fazer alguma coisa ou eu deixo. E para ficar bem o dia a dia, descobri que eu amo mesmo”.
No primeiro Dia dos Namorados juntos, o casal entende que é uma experiência inédita. Ainda assim, será muito especial. Mesmo de casa, eles planejam comemorar com algo diferente, desfrutando principalmente da companhia um do outro. Aproveitando intensamente o tempo mais próximos, eles ainda não pensam na despedida. Tais diz que gostaria de continuar na capital paulista após a quarentena para ficar com o namorado, porque, segundo ela, é muito ruim ficar longe. Arthur, por sua vez, complementou que ainda não consegue morar mais próximo da amada, mas afirma “Depois de passarmos esse tempo todo juntos, fica difícil acostumar com a distância, só o tempo é capaz de construir a ponte entre nós”.

Tais e Arthur se conheceram pela internet

Distância foi rotina
Muito amigos desde o colégio, Evelyn Henriques, 18, e Caio Romaguera, 19, namoram há mais de dois anos, sendo mais da metade desse tempo à distância, pois ela se prepara para o vestibular no Rio de Janeiro, e ele faz faculdade em São Paulo. Apesar das dificuldades que estar longe implicam em um relacionamento, o casal diz que foi complicado a adaptação inicial, porém, com o tempo, conseguiram se acostumar. Para amenizar a saudade, eles consideram importante as ligações por vídeo e se manter informado sobre o cotidiano do parceiro, na intenção de se sentir parte da vida um do outro.
Habituados a passar o Dia dos Namorados distantes, Evelyn se diz tranquila quanto celebrar a data longe do namorado por já ter vivido a situação em outros anos. No entanto, ela pretende voltar a ver Caio quando a pandemia passar, com a mesma frequência de antes, quando se viam geralmente de mês em mês, ou talvez até mais. A jovem também aconselha casais que estão experimentando o relacionamento à distância pela primeira vez devido à quarentena. “Apesar da distância ser ruim, quando você reencontra seu parceiro, valoriza ainda mais ele e os momentos em que estão juntos. Manter uma rotina de ligação, buscar jogos online para jogarem juntos, assistir filmes juntos por vídeo, são meios para aproveitar seu namorado mesmo de longe”.

Evelyn e Caio moram em estados diferentes

Tabus
Bruna Mirele Alves, 22, conheceu a namorada, Júlia Campos Calixto, 19, através da proximidade com a irmã da sua parceira. Ela conta que tudo começou como amizade nas redes sociais, mas que, a partir do momento que elas se encontraram pessoalmente, o cenário mudou e passaram a se envolver cada vez mais até que, por fim, engataram o namoro. Ainda assim, nem tudo foram flores nesses seis anos de relação, pois, no começo, infelizmente, passaram por alguns problemas de aceitação na família quanto à sua orientação sexual.
Durante a quarentena, o casal teve que se adaptar, pois estavam acostumadas a conversar todos os dias e se encontrarem sempre que possível. A conexão por mensagem continua a mesma, entretanto, a física foi interrompida por medo da contaminação pela COVID-19. “Nos vimos poucas vezes desde o início do isolamento, porque achamos que não teria risco, já que estamos as duas sem contato com pessoas que estão frequentando as ruas, mas mesmo assim, preferimos não arriscar”, cita Bruna. Para tentar amenizar a saudade, as meninas buscam incentivar uma a outra a realizar pequenas metas diárias e, além disso, as duas investiram em jogos online e nas chamadas de vídeo como forma de aproximação.
Sobre a comemoração da data, Bruna disse que revelou a vontade de, ao menos, poder trocar presentes com a amada. Apesar da circunstância “caótica”, o casal tenta se manter positivo. “A gente acredita que é um momento, e por mais difícil que seja para todos, vai passar. O importante é saber que tudo isso não tem nada a ver com nosso relacionamento, e fazer nossa parte agora, para não agravar mais ainda a situação”. Quando tudo isso passar, Bruna diz que vai aproveitar muito mais todos os momentos juntas.

Bruna e Júlia já estão juntas a seis anos

Consciência
Pedro Henrique Porto, 20, conheceu Keith Bastos, 20, durante o ensino médio, em Brasília, porém, só se aproximaram quando coordenaram um encontro católico juntos e, enfim, se apaixonaram através da rotina de estudos em um curso preparatório para o concurso da Escola Preparatória de Cadetes do Exército (EsPCEx). Juntos há 10 meses, os namorados estão sem se ver durante a quarentena principalmente por conta da mãe de Keith ser enfermeira e, consequentemente, propiciar maior possibilidade de contágio aos dois. Tendo em vista esse cenário, Pedro utiliza a sua vivência como aprendizado. “Já tive a experiência na minha família e não quero trazer o vírus para casa”.
Por outra perspectiva, Porto ressalta os pontos positivos do distanciamento. “Acho que tudo isso que está sendo vivido amadurece a relação e você acaba conhecendo mais a pessoa que está ao seu lado. Até porque, durante esse período, as pessoas acabam ‘surtando’ mais fácil, normal. Assim, às vezes ela acaba mostrando o lado que não mostraria normalmente. Você acaba aprendendo a conviver com os defeitos e as coisas boas da pessoa em qualquer cenário”. Além disso, o estudante conta que planeja visitar a amada com mais frequência assim que for possível, para, segundo ele, recuperar o tempo perdido ao longo do isolamento. 
Como forma de comemorar o Dia dos Namorados, Pedro Henrique comenta que, apesar de não poder dar detalhes, pretende fascinar a sua parceira. “Vou dar um jeito, nem que seja pedir alguma comida pelo delivery ou até mesmo uma surpresa”.

Comemoração em dobro
Namorando desde o começo do ensino médio, Larissa Gusmão, 20, e Rodrigo Cadore, 19, moram juntos há um ano, e o dia 12 é uma data única e muito querida para os dois, não somente por ser o Dia dos Namorados, mas também porque, nesse dia, eles completam 4 anos de namoro, bodas de quartzo azul. Para a celebração, o casal programa uma noite especial com jantar e jogos de tabuleiro. Mesmo compartilhando a casa, eles consideram que conseguiram se unir ainda mais. “Muitas coisas mudaram na nossa rotina e acabou aproximando mais a gente. Antes da quarentena, nós quase nunca jantávamos ou almoçávamos juntos. Agora sempre fazemos as refeições e separamos um tempo para assistir filmes e séries reunidos”.
“Acho que uma pandemia é algo que eu nunca pensei que iria passar na minha vida, sinceramente, e quando você está na sua rotina normal, você esquece de alguns pequenos detalhes importantes, que influenciam tanto em você quanto no seu relacionamento, mas que sempre são deixados de lado por falta de tempo ou porque passam despercebidos mesmo”, diz Larissa. Ela também comentou que o fato de estar em casa é um elemento que ajuda a reflexão sobre o relacionamento e, consequentemente, a melhora dele.

Larissa e Rodrigo moram juntos há um ano

Com a benção de São Francisco 
Rafael Brasileiro, 19, e Iara Pereira, 21,  se conheceram no Santuário São Francisco de Assis, em Brasília. Desde então, já são 9 meses de namoro, e, antes da quarentena, o casal relata que se via com certa frequência, após Iara sair do estágio, sempre que possível buscavam visitar a casa um do outro, nos ensaios da banda que tem em conjunto e outras saídas em casal. Eles contam que está sendo insuportável lidar com a distância e com a saudade, devido ao afastamento, pois o pai de Rafael é transplantado e faz parte do grupo de risco, enquanto o pai de Iara é militar, e continua em serviço, então evitam o contato para não trazer problemas para a saúde de seus familiares.
Preparando-se para comemorar seu primeiro dia dos namorados juntos, o par já tem a forma comemoração em mente. “A tela do celular, uma vídeo chamada, um prato de miojo de cada lado, e um jantar romântico a luz de velas”, compartilhou Rafael, e Iara completou a fala do namorado, “Perfeito. Um jantar romântico por vídeo chamada”. Apesar das dificuldades do momento separados, eles consideram que se aproximaram mais neste período. Iara comenta sobre um dia que resolveu fazer um joguinho no Instagram com o amado ao estilo ‘ele ou ela’, “o Rafa fez e falou que eu era mais chorona que ele. E eu fiquei ultrajada porque ele é muito mais chorão que eu, e aí tivemos uma pequena discussão, mas serviu pro crescimento desse relacionamento”, completou rindo.

Rafael e Iara se viam frequentemente antes da pandemia

3, 2, 1, Feliz amor novo!
Um romance que começou na noite da virada, Amanda Lima, 20, e Isaac de Carvalho, 20, já se conheciam através de amigos em comum, mas só aproximaram pra valer na virada do ano (2018/2019). Namorando há 1 ano e 2 meses, o casal conta que antes da quarentena se viam no mínimo umas cinco vezes na semana, “A gente passava o dia inteiro assistindo à Netflix, conversando, fofocando, e no fim de semana a gente saia juntos. É basicamente isso. E tudo que dava para a gente fazer juntos, a gente fazia”, comenta Isaac.
O isolamento acabou quebrando a rotina do casal, já que antes disso eles não tinham passado ao menos uma semana sem se ver, então precisaram se adaptar. Isaac não gosta de redes sociais, não tem Instagram ou Facebook, e a solução que eles encontraram foi a boa e velha ligação. “O hábito da ligação foi a melhor coisa, porque aí não fica aquela cobrança de estar online o tempo todo nas redes sociais, e ao final do dia podemos contar absolutamente tudo”, acrescentou Isaac. Mesmo longe, Amanda considera o lado positivo da situação. “Acho que a melhor coisa que conseguimos durante o distanciamento foi ter mais certeza ainda de que somos muito felizes. Essa certeza do relacionamento e valorização do que antes era rotina, cotidiano, foi muito bom. A gente temos sorte de estar vivendo tudo o que vivemos. Quarentena me ensinou que se você ama, você consegue deixar de lado”.
Durante o período de distanciamento, o casal se encontrou duas vezes, uma no final de março para comemorar o aniversário dela e o deles de namoro, e outra no final de maio para matar a saudade. Assim, por estarem evitando o contato devido ao vírus, o casal não deve se ver no Dia dos Namorados, e a celebração será virtual com uma possível chamada de vídeo. Porém, os planos não param por aí. “A gente tem a vontade muito grande, principalmente eu, de ir pro litoral. Meu pai mora no Rio de Janeiro, em Cabo Frio, e eu tenho o desejo de ir conhecer ele. E além disso, o Isaac nunca conheceu a praia, então estamos focados de, quando puder, dar prioridade para essa viagem. E nesse ano de namoro fomos umas 3 meses na roça dele, lá geralmente fazemos um detox de tudo, é maravilhoso. Estamos pensando muito nisso, nessa viagem pra conhecer minha família no Rio, realizar esse sonho dele conhecer a praia, ter essa viagem de casal, e também aproveitar o máximo possível pra poder ir nessa roça, porque é um programa que a gente não estava dando prioridade, e percebemos o quanto é importante isso. São coisas pequenas que fazem muita falta. Foi o que eu falei com ele, eu não estava lembrando a sensação do que era abraçar, do que era beijar, do toque, faz muita falta e isso muda tudo”, finalizou Amanda.

Uma análise do nível de maturidade e propostas de gerenciamento de projetos para uma empresa de telecomunicações em Brasília-DF

O mundo corporativo vem se transformando em alta velocidade de acordo com o avanço tecnológico e
a mudança do cenário econômico. Dentro desse panorama, os projetos e seu respectivo gerenciamento
emergem como uma forma rápida e eficiente de desenvolvimento para os diversos setores de uma
organização. Para que haja a implementação de uma gestão de projetos efetiva, é de suma importância
identificar o nível de maturidade gerencial em que a empresa se encontra. Dentre as metodologias
existentes para identificação desse nível destaca-se a metodologia do Modelo Prado MMGP Setorial,
desenvolvida pelo escritor brasileiro Darci Prado. O presente trabalho tem como objetivo aplicar
essa metodologia em uma empresa de telecomunicações em Brasília-DF, de forma a analisar os
resultados obtidos e propor estratégias para o crescimento da organização no que diz respeito ao nível
de maturidade em gerenciamento de projetos.

Introdução

A sobrevivência e desenvolvimento progressivo das empresas na atualidade dependem da
organização, estrutura e resultados que os projetos traçados alcançam.

Nesse cenário a forma como os projetos são gerenciados pelas organizações torna-se fator
de grande importância para o alcance dos resultados esperados. A falta de processos definidos ou de
técnicas de gerenciamento de projetos pode acarretar problemas como atrasos nos prazos estipulados,
mudanças de escopo, retrabalho, diminuição de lucros e prejuízos de imagem empresarial.

A prática do gerenciamento de projetos traz benefícios na gestão de negócios. Prado (2010)
cita que o mundo atualmente depende de projetos e que a execução de projetos de alta complexidade
e grandes proporções está se tornando cada vez mais comum. Com isso, aumenta-se a necessidade
das empresas em gerenciá-los com eficiência, executando-os no prazo e dentro dos custos planejados
inicialmente.

Uma forma de se medir o gerenciamento de projetos em uma organização é através da
avaliação do nível de maturidade. Dentre os modelos existentes para esta avaliação destaca-se Modelo
de Maturidade em Gerenciamento de Projetos Prado-MMGP. O modelo preconiza a aplicação de um
questionário com alternativas que posteriormente geram uma pontuação. Com a somatória de pontos,
obtém-se um diagnóstico que baliza a concepção de um plano para desenvolvimento.

O presente trabalho visa identificar os resultados obtidos através de entrevista e aplicação dos
itens da Metodologia Prado MMGP em uma empresa de telecomunicações de Brasília-DF, de forma a
analisar o cenário organizacional e posteriormente propor diretrizes para o crescimento utilizando-se
de boas práticas de gerenciamento de projetos.

LEIA O ARTIGO COMPLETO: leia o artigo completo aqui (página 77)

Autores: Cláudia Alves de Oliveira, João Ricardo da Silva Santos e Renato Bruno Dias Reis (alunos de pós-graduação da aluno de pós-graduação da Faculdade de Tecnologia e Inovação Senac-DF)

Revista Eletrônica NOVA GESTÃO da Faculdade de Tecnologia e Inovação Senac-DF

Vol. 3 No. 1 / Ano 2020

Empreendedorismo espacial é tema de live nesta quinta-feira

Nesta quinta-feira, dia 10, a Faculdade de Tecnologia e Inovação Senac-DF irá receber a arquiteta e urbanista, Aila Raquel, ao vivo no canal do Senac-DF no YouTube . Fundadora da startup, Alya Nanosatellites, que visa, através do lançamento de nanosatélites, monitorar queimadas, mineração, agricultura e a proteção ambiental, além de montar os campos de calibração no sertão baiano, onde irão ser feitas a produção em série de algoritmos para acompanhamento de culturas em regiões semiáridas, para que os satélites de monitoramento possam reconhecer e monitorar essas culturas. 

“Vamos implantar algumas estações terrestres de comunicação com satélites e para comissionamento do lançamento de foguetes do SpacePort Atlântico Sul e de Alcântara, próximo ao Equador, além de dividirmos antenas em diversas partes do planeta, com outras empresas internacionais, para atendermos a diversas constelações de satélites. Para isso, trabalharemos com protocolos de alta segurança para a circulação de dados por nações diferentes”, disse Aila quando questionada sobre quais outros planos futuros da sua startup.

A conversa será focada nos desafios do empreendedorismo, especialmente voltado ao espaço, e no quanto isso impacta diversas áreas diferentes, que precisam estar envolvidas no tema para conseguir ter sucesso, misturando direito, finanças, processadores de dados para agricultura, mineração, dentre outros. Aila também irá mostrar como o esse tipo de empreendedorismo no Brasil pode influenciar o país socialmente, tocando em pontos como educação, igualdade de gênero e empregos.

Autor: Bernardo Guerra (Estagiário de Jornalismo)
Edição: Luciana Corrêa

Faculdade Senac-DF é ponto de coleta da Campanha do Agasalho do Sesc

Com a chegada do frio, o Sesc-DF volta a arrecadar agasalhos e cobertores por meio do programa Mesa Brasil. A ação segue até o dia 30 de junho e as doações podem ser feitas nas unidades do Sesc em Taguatinga Norte, Ceilândia, Guará e Gama, além das lojas do supermercado Dia a Dia e nas unidades do Senac-DF e na Faculdade de Tecnologia e Inovação Senac-DF (localizada na 913 Sul). 

Segundo a coordenadora do programa Mesa Brasil Sesc-DF, Lucimar Santos, a população pode doar, sapatos, acessórios, roupas de frio e cobertores. “Vestuário em bom estado e cobertores podem ser muito úteis para a população em vulnerabilidade. Toda a contribuição será destinada às entidades sociais cadastradas no Mesa Brasil”, explica.      
O Mesa Brasil Sesc é um programa nacional de segurança alimentar e nutricional de combate à fome e ao desperdício de alimentos. Pioneiro no Distrito Federal, o programa tem como finalidade garantir o direito à alimentação. Atualmente, são mais de 81 mil pessoas beneficiadas em 324 entidades sociais atendidas no DF.

Texto: Carolina Oliveira / Sesc-DF

Corpus Christi: Faculdade Senac retornará atividades segunda-feira

Por conta do feriado de Corpus Christi nesta quinta-feira (3), a Faculdade de Tecnologia e Inovação Senac-DF entrará de recesso nos dias 4 e 5 de junho (sexta-feira e sábado). As aulas de graduação e pós-graduação, além das atividades administrativas da instituição, retornarão normalmente na próxima segunda-feira (7).

Poparazzi, a rede social perfeita pro pós-pandemia

A diferença aqui é simples, está proibido selfies, os usuários são motivados a tirar fotos dos seus amigos e marcá-los e essas são as fotos, boas ou não, que aparecem no feed de cada usuário. Para se ter uma ideia, o aplicativo nem conta com câmera frontal, estimulando o uso mais antigo da câmera, aqui o mais importante são as pessoas e não você.

Autor: Rodrigo Moreira – aluno de pós-graduação da Faculdade de Tecnologia e Inovação Senac-DF, dos cursos de Marketing do Varejo ao Digital e de Gestão de Projetos.

Lançado nos Estados Unidos em 24/05/2021, o Poparazzi estreou em # 1 nas paradas da App Store, pipocando em sites especializados e na mídia americana.

A descrição do Poparazzi convida o usuário ao caos fotográfico: “é uma nova rede de compartilhamento de fotos onde seus amigos são seus paparazzi e você é deles. Seu perfil no Poparazzi é criado por seus amigos quando eles tiram fotos de você. Por outro lado, você cria os perfis dos seus amigos ao tirar fotos deles”. 

Algumas ferramentas(ou a falta delas) chamam atenção:

Notificações engraçadas ao clicar os seus amigos, sem contagem de seguidores, sem edição de fotos e sem filtros, será a volta da vida real na internet?

Mesmo sendo uma realidade distante no Brasil, o Poparazzi pode ser a primeira novidade tecnológica para estimular o reencontro das pessoas, motivando click de momentos felizes, marcando todo mundo em nossa nova vida após o #FiqueEmCasa.

Os brasileiros são conhecidos na internet mundial como pragas dominadoras de redes sociais e muitas vezes fazem essas redes se moldarem ao modus operandi do HUE BR. Como será que o mercado brasileiro vai tratar essa nova rede social? Fotos constrangedoras, momentos impróprios ou até mesmo a reprodução do comportamento negativo dos Paparazzi? 

É muito cedo para pensar em monetização, mas fiquemos de olho na forma que a TTYL Inc, startup proprietária do app, irá tirar proveito do repentino sucesso ou até mesmo como a concorrência irá se comportar, o recurso não é novo no Instagram, mas não teve grandes usos até o momento.

No Brasil o aplicativo já está disponível na App Store e em breve na Google Play

O poder feminino de The Bold Type

The Bold Type, seriado da Netflix, mostra tendências de mercado que podem impactar no seu negócio.

Profissionais que trabalham com gestão de negócios precisam estar conectados com as tendências, para ter a capacidade de acompanhar a evolução do mercado e do comportamento do consumidor. Assim, conseguimos inovar, adaptar-nos às mudanças que influenciam o hábito de compra dos clientes e ter insights sobre novos produtos e serviços que sejam propostas conectadas com os desejos do público.

Autora: Janaina Garcia – professora mestre da Faculdade de Tecnologia e Inovação Senac-DF e diretora de projetos da Social Ex – Pesquisa, Consumo e Mercado

Algumas produções culturais trazem, além do entretenimento, as tendências que representam o espírito do tempo, chamada Zeitgeist. Isso significa que mantermos antenados ao mundo nos traz a possibilidade de conhecermos o que é tendência e assim termos novas ideias para o nosso ambiente empresarial.

Tanto filmes, músicas, seriados, peças de teatro, podcasts podem ser reflexos deste espírito do tempo. Geralmente os criativos e artistas de vanguarda captam ou até criam essas tendências primeiro, e através de suas obras, acabam por propagar as tendências para o público em geral.

O seriado estadunidense The Bold Type (2017) mostra uma série de tendências de comportamento e consumo. A divertida série, extremamente contemporânea, mostra a forte amizade entre três jovens mulheres que trabalham juntas em uma revista de moda em Nova Iorque, a Scarlet Magazine.

A produção é muito interessante se observada pelo olhar da comunicação e do marketing. Em muitos episódios, retrata a necessidade de uma tradicional revista impressa, adaptar-se aos novos tempos e conversar com seus leitores também de maneira digital. Essa é uma grande tendência atual em todas as áreas do mercado, na série, criou-se  não apenas uma revista eletrônica na web, mas também investiu-se na interação com as leitoras  nas redes sociais (Twitter, Instagram , Snapchat, etc.) em tempo real.

Em uma passagem na terceira temporada, há um diálogo importante, dizendo que a Scarlet forma tendências e ao departamento digital  não basta apenas segui-las, mas sim liderar, mostrar e criar novas tendências. A revista busca então criar plataformas de conteúdo alinhado com os valores da marca, usando o ambiente digital para vender o estilo de vida Scarlet.

A diretora de mídias sociais está permanentemente em busca de conteúdos que sejam relevantes ao público-alvo da revista e que sejam capazes de gerar fortes debates. Muitas vezes os assuntos abordados são bastante polêmicos com intenção de gerar grande engajamento ou seja, muitos comentários, curtidas e compartilhamentos.

Embora a criação de conteúdos controversos seja uma estratégia de comunicação arriscada na vida real, na série sempre garante bons resultados. Até porque a gestão da empresa traz muito apoio aos criadores de conteúdo,  e trabalha valores bastante contemporâneos, tais quais: empoderamento feminino representatividade, combate a violência doméstica, respeito às diferenças e apoio a causas sociais. ´

Baseado nas crenças e valores da Scarlet, cada episódio traz a discussão sobre tendências que têm o poder de impactar nos negócios e no consumo de todo mundo .

É preponderante que estejamos atentos a estes trends para conseguirmos adaptar os nossos negócios aos novos cenários que virão por aí: gêneros fluídos e a moda agênero (roupas e acessórios sem gênero definido), foco no natural, representado pelos coletores menstruais, engajamento político e sexualidade da geração Z.

Você está pronta para o Marketing 5.0?

Marketing é muito mais do que divulgação, o intuito não são as vendas simplesmente. Então o que é marketing?

Segundo Peter Drucker o objetivo do marketing é tornar a venda supérflua, ou seja, a empresa conhece tão bem o cliente, suas necessidades e desejos, que os produtos ou serviços vendem por si só, sem grandes esforços ou argumentos de venda. Acha difícil isso? E aquele refrigerante cola da última refeição, alguém precisou te convencer ou justificar os benefícios que teria com a compra?

Contudo, o marketing não foi sempre como o vemos hoje. Com as mudanças sociais, culturais e econômicas, ele precisou se reinventar e assim se adaptar às transformações do comportamento do consumidor, como veremos a seguir.

Autora: Lucyara Ribeiro, professora mestre da Faculdade de Tecnologia e Inovação Senac-DF e diretora executiva da Social Ex – Pesquisa, Consumo e Mercado

No início, eram poucos produtores/fabricantes e muitos consumidores. Dessa forma, no marketing 1.0 os compradores não tinham opções de escolha, eles compravam o que era oferecido. Assim, o foco dos empresários era o produto, isto é, produzir a maior quantidade possível, com baixo custo, para uma comercialização rápida. Não havia outro tipo de preocupação, com o cliente, a satisfação, etc. A frase de Henry Ford ilustra bem o marketing 1.0: “O cliente pode ter o carro da cor que quiser, contanto que seja preto”. Os primeiros carros Ford eram oferecidos apenas nessa cor. O motivo era que a tinta preta era mais barata, secava mais rápido e os carros poderiam ser montados mais rapidamente.

Henry Ford com o Ford T

Com o aumento da concorrência, o consumidor começa a ter mais opções de fornecedores. Começa a realizar pesquisas e consequentemente fica mais bem informado, ganhando poder de barganha no processo de compra. Os empresários precisaram se adaptar a esse novo cenário e começaram a focar suas preocupações nas necessidades e desejos do consumidor. É nesse momento que o “comprador” passa a ser “cliente”, ou seja, os empreendedores notaram a importância em se criar um relacionamento em longo prazo com os indivíduos que adquiriam seus produtos ou serviços e assim buscar a fidelização. Assim, no marketing 2.0 o foco é no cliente.

Na próxima fase, o consumidor, além de opções de escolha, começa a ter preocupações sociais e ambientais. Apesar de ser cosmopolita, ele se incomoda com as mazelas e dificuldades das comunidades locais. Sustentabilidade é a palavra da vez. Dessa forma, as marcas começam a ter uma abordagem mais humanizada, o cliente é visto como um ser humano completo e não somente como consumidor. E esse ser humano está disposto a vivenciar experiências e não apenas consumir um produto ou serviço. Se assim não fosse, por que vamos àquela cafeteria bacana tomar um cafezinho com os amigos se poderíamos tomar um bom café na padaria da esquina com um preço bem mais camarada? No marketing 3.0 o foco é em valores.

Em 2018, a Natura conquistou o selo “The Leaping Bunny”, que atesta o compromisso da empresa com a não realização de testes de seus produtos ou matérias primas em animais. Ela foi a primeira empresa brasileira a garantir a certificação.

Com o aparecimento das mídias sociais, da popularização dos smartphones, as pessoas começaram a ficar conectadas 24 horas por dia, chegamos assim ao marketing 4.0. O consumidor atual está na sua loja física, pesquisando pelo celular o produto que está experimentando. Para ele não há diferença entre os mundos on e off-line, por isso, não é suficiente as marcas oferecerem apenas vários canais de venda (loja física, internet, aplicativos…), elas devem oferecer a mesma experiência de compra, independente do canal que o cliente escolher para adquirir o produto/serviço. Essa tendência denomina-se omnichannel. O cliente já não aceita chegar em uma loja física e encontrar precificação diferenciada de outro canal de venda. Ele quer comprar um produto no aplicativo e buscá-lo na loja física, por exemplo. Esse é o consumidor mais exigente, pois ele tem acesso a marcas do mundo todo, em tempo real, na tela do seu celular. A boa notícia é: se você o conquistar, não terá apenas um cliente, terá um defensor da sua marca. Ele não te indica para os contatos simplesmente, ele te defende, mesmo não tendo adquirido seu produto/serviço na última compra. Assim, o envolvimento com a marca é emocional, a fidelização cede seu lugar para a lealdade. O foco, no marketing 4.0, é engajar os clientes.

Campanha do BK em 2020 incentivou que jogadores do FIFA 20 jogassem com time Stevenage da 3º divisão do futebol inglês. Os jogadores que completassem desafios e enviassem as imagens para o Twitter recebiam prêmios.

A pandemia do Covid-19 nos obrigou ao distanciamento social, fortalecendo mais ainda o ambiente digital. Esse cenário acelerou as mudanças iniciadas pela popularização da internet, o que fez o marketing evoluir mais uma vez. Os empreendimentos precisaram se adaptar a uma nova realidade – e fazer isso muito rapidamente. Quem não remodelou seu negócio, enfrentou grandes dificuldades para sobreviver.

Em resposta a esse novo cenário, em janeiro de 2021, Philip Kotler, juntamente com Hermawan Kartajaya e Iwan Setiawan, lançou o livro Marketing 5.0 – Technology for Humanity, ainda sem tradução para o português. Nele os autores afirmam que a inteligência humana e artificial devem se unir para enriquecer a experiência do usuário e não somente no relacionamento com os clientes, conforme o conceito anterior. Devido à pandemia, o marketing passa a caminhar lado a lado com a inovação, ideia denominada por Kotler de Ready to Change (Pronto para Mudar).

Logo o marketing 5.0 é a sinergia do ser humano e a tecnologia. Por um lado, a máquina processa dados, coleta informações e realiza a gestão de conteúdo. Além de buscar padrões, utilizar a lógica por algoritmos e otimizar tarefas repetitivas e programáveis. Por outro lado, o ser humano elimina ruídos, busca insights, desenvolve conhecimento, provoca a divergência de pensamento para achar soluções fora da caixa. Dessa forma, segundo os autores, o marketing 5.0 é baseado em dados, preditivo, contextual, aumentado e ágil.

Que venha o marketing 6.0!