Você vende produtos ou experiências?

Em época de pandemia e distanciamento social, promover experiências aos clientes tornou o desafio um pouco maior, mas não impossível. Se seu consumidor não está indo a sua loja física, como proporcionar experiência?

A grande busca dos empreendedores atualmente é oferecer uma experiência única, positiva e memorável ao seu cliente. Por quê? Porque hoje os consumidores não buscam apenas produtos ou serviços, e sim benefícios ou soluções para suas dificuldades. Antigamente, os produtos eram a base da diferenciação, hoje não mais. Atendimento, layout de loja, possibilidade de experimentação no ponto de venda (PDV), entre outros podem agregar valor ao seu negócio e sair na frente dos seus concorrentes. 

Autora: Lucyara Ribeiro, professora mestre da Faculdade de Tecnologia e Inovação Senac-DF e diretora executiva da Social Ex – Pesquisa, Consumo e Mercado

Brad Rencher, vice-presidente executivo da Adobe, afirmou que todos os negócios nos dias atuais precisam ter como base a criação de experiências para os usuários. E defendeu que todos os empreendimentos podem fazer isso, desde a pequena empresa até as grandes corporações. As micro e pequenas empresas têm uma vantagem competitiva, pois diferente dos empreendimentos maiores, o pequeno empresário conhece tão bem seu cliente, que o chama pelo nome. Logo, sabendo das preferências e rejeições do seu segmento, fica muito mais fácil direcionar as ações e torná-las verdadeiramente eficazes. Rencher ainda ressaltou a importância de melhorar cada vez mais essa experiência, ou seja, é preciso estar atento ao mercado, buscando sempre inovar com foco no consumidor. 

E o que o negócio ganha com isso? Segundo uma pesquisa realizada pela Adobe, as empresas líderes em criação de experiência, independentemente do ramo de atividade, têm uma percepção de marca 1,6 vez maior, têm 1,7 vez mais a retenção de novos clientes, e o crescimento da receita é 36% mais rápido, além de reportarem também em maior satisfação dos clientes.

Como diriam nossos avós, se Maomé não vai a montanha, a montanha vai a Maomé… Redes sociais com um toque de afeto, um delivery caprichado, quem sabe até temático, podem ser um bom inicio de inovações a serem implementadas. Ou você vai continuar “vendendo produto”?

A pandemia, o retrocesso na educação e as oportunidades a partir da crise

educação brasileira tem um grande desafio pela frente: retomar o crescimento dos indicadores de ensino que durante a pandemia de covid-19 apresentaram intensa queda. Para se ter uma ideia, em abril deste ano, o Banco Mundial publicou um estudo sobre as defasagens de aprendizagem dos alunos durante a pandemia. Antes da crise, 50% deles tinham um nível de proficiência abaixo do mínimo. Pouco mais de um ano depois, esse índice saltou para 71%.

Em um recorte específico do Estado de São Paulo, com base em estudo da Secretaria Estadual de Educação, que analisou os dados do SAEB – principal ferramenta de avaliação da Educação Básica no Brasil – e fez uma comparação entre o ano de 2019 e a avaliação amostral de 2021, ficou claro o impacto da pandemia na educação básica.

O estudo revela uma perda significativa de aprendizado nos anos iniciais do ensino fundamental na disciplina de matemática com queda de 46 pontos no resultado do SAEB. Para atingir o patamar de 2019, que chegou a registrar 243 pontos e hoje não passa de 196, seria necessário multiplicar por 11 vezes o aprendizado que os estudantes levam um ano para concluir. Já nos anos finais do Ensino Fundamental, a disciplina de matemática registrou uma queda de 14 pontos no sistema. Neste caso, seria necessário saltar três vezes no aprendizado para compensar o déficit.

A pandemia também impactou o aprendizado da disciplina de língua portuguesa no Ensino Médio. O índice do SAEB que estava em elevação desde 2017 e em 2019 chegou a atingir 279 pontos na escala, em 2021 permanece em 268. Para alcançar o patamar de 2019 seria necessário elevar 18 pontos na escala.

O que se vê com a suspensão das aulas presenciais por pouco mais de um ano, o fechamento das escolas para conter a pandemia e as incertezas sobre o ano de 2021, é um retrocesso significativo nos avanços educacionais do país. Os resultados apurados pelo sistema de monitoramento educacional, que além do SAEB, incluem Censo Escolar e IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) vinham apontando melhora dos índices desde 2019, mas em meio ao contexto desafiador, alguns indicadores não se mantiveram equilibrados.

Embora gigantes, os esforços das redes de ensino e a oferta de atividades híbridas para reduzir as perdas no processo de aprendizagem e manter os estudantes engajados, esbarram no aumento do risco de abandono e de evasão escolar. Ele acontece principalmente quando a escola se distancia das necessidades dos alunos, além de outros motivos como, por exemplo, a necessidade priorizar o trabalho. Prejuízos no aprendizado, ampliando as diferenças entre estudantes ricos e pobres e danos à saúde mental também são registrados em virtude da pandemia.

O retorno das atividades escolares presenciais pode apontar um caminho para tentar reverter o quadro, mas, principalmente nos anos iniciais, de alfabetização, é fundamental estar atento ao desenvolvimento de habilidades, ao o vínculo da criança com a aprendizagem e ao sentimento de pertencimento ao grupo, principalmente quando se tratam alunos com dificuldade de aprendizagem.

Recursos tecnológicos têm se mostrado grandes aliados de escolas, estudantes e professores durante a pandemia. Em tempos de aulas híbridas, eles ajudam a construir as experiências dentro da sala de aula, por meio de atividades que incluem vídeos, apresentações e interação on-line. Também possibilitam fazer micro avaliações de cada atividade do aluno, permitindo conhecê-lo individualmente e gerar um diagnóstico do processo de aprendizagem.

tecnologia também pode atuar como facilitador quando o assunto é algum tipo de dificuldade na aprendizagem. Um bom exemplo é o EduEdu, aplicativo gratuito de alfabetização e reforço escolar com soluções tecnológicas acessíveis, desenvolvido pelo Instituto ABCD. Com recursos de gamificação, a ferramenta faz uma avaliação para identificar as áreas que a criança necessita de apoio, cria atividades personalizadas e monitora a evolução do aluno.

Mais do que nunca, é fundamental um esforço coletivo que uma escola e família para avançar. Os dois grupos precisam trabalhar juntos para promover a aprendizagem e evitar que qualquer aluno fique para trás. É essencial consolidar essa ponte, manter uma escuta ativa e se envolver com grupos que possam estimular o engajamento para que seja possível recuperar perdas e retomar o crescimento.

Escrito por Juliana Amorina
FONTE: https://exame.com/bussola/a-pandemia-o-retrocesso-na-educacao-e-as-oportunidades-a-partir-da-crise/

Isolamento vertical e horizontal

Isolamento vertical e isolamento horizontal são dois tipos de distanciamento social que podem ser adotados diante, por exemplo, de uma pandemia. No isolamento vertical, há o isolamento de apenas um grupo de pessoas; no isolamento horizontal, não há a seleção de grupos específicos, sendo recomendado que todos fiquem em casa. As medidas de isolamento social são duras e, muitas vezes, criticadas por parte da população, mas são necessárias para deter o avanço de uma doença.

Por Vanessa Sardinha dos Santos – Professora de Biologia
SANTOS, Vanessa Sardinha dos. “Isolamento vertical e horizontal”; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/curiosidades/isolamento-vertical-e-horizontal.htm. Acesso em 23 de junho de 2020.

O que é isolamento?

Quando falamos em isolamento, estamos nos referindo a uma situação em que uma pessoa deve ficar completamente isolada, isto é, sem contato com ninguém. Isso é feito quando uma pessoa está comprovadamente doente, e o objetivo é afastá-la do convívio social. Esse isolamento pode ser hospitalar ou domiciliar.

Atualmente o termo isolamento é usado, por muitos, para se referir às medidas de distanciamento social. Esse distanciamento busca evitar o contato de uma pessoa com outra a fim de diminuir a propagação de uma doença.

No distanciamento social, recomenda-se, por exemplo, que a pessoa fique em sua casa, evitando sair sem necessidade e também aglomerações. Também é recomendado o fechamento de escolas, comércio e atividades não essenciais. O home office deve ser adotado nos casos em que esse tipo de forma de trabalho é permitido.

Isolamento vertical x isolamento horizontal

isolamento vertical é aquele em que apenas alguns grupos ficam isolados, sendo selecionados os grupos que apresentam mais riscos de desenvolver a doença ou aqueles que podem apresentar um quadro mais grave. Consideremos, por exemplo, a pandemia de COVID-19. Como os grupos de maior risco para desenvolver essa doença e apresentar uma forma mais grave são idosos e pessoas com problemas como diabetes e doenças cardiovasculares, em casos de isolamento vertical, somente eles ficariam isolados. Pessoas jovens e saudáveis poderiam, portanto, continuar circulando normalmente.

No caso da COVID-19, por exemplo, não se sabe ao certo se essa medida seria vantajosa, pois como os jovens são importantes vetores da doença, o número de contaminados poderia aumentar rapidamente.

O isolamento horizontal, no entanto, não limita grupos e, portanto, todos devem permanecer em casa. Isso restringe ao máximo o contato entre as pessoas, evitando, desse modo, uma grande propagação da doença. O isolamento horizontal, no entanto, é muito criticado por causar impactos graves na economia. Porém, muitas vezes, ele é essencial para evitar um aumento desenfreado da doença, o que pode provocar um colapso no sistema de saúde, o que também causaria prejuízo econômico.