Faculdade de Tecnologia e Inovação Senac-DF recebe visita técnica de representante da Faculdade Senac Goiás

Nesta quinta-feira (19), a Faculdade de Tecnologia e Inovação Senac-DF recebeu a vice-diretora acadêmica da Faculdade Senac Goiás, Ionara Lúcia M. C. Oliveira, para uma visita técnica nas novas instalações. Ionara foi recebida pelo diretor geral Luís Afonso Bermúdez, a coordenadora acadêmica Denise Raposo e a procuradora institucional Kerolyne Sacerdote para conhecer processos acadêmicos. Incentivados pelo desejo de dar um foco maior para a inovação e tecnologia dentro das salas de aula da instituição, visando o formato virtual da educação, a visita rendeu diversas conversas e discussões acerca do futuro da educação no Brasil. Sua vinda foi motivada pela anterior, feita em meados de 2020 às obras da Faculdade Senac-DF, pelos diretores do Senac Goiás.

Procuradora institucional da Faculdade Senac-DF Kerolyne Sacerdote; coordenadora acadêmica da Faculdade Senac-DF, Denise Raposo; vice-diretora acadêmica da Faculdade Senac-GO, Ionara Lúcia M. C. Oliveira; diretor geral da Faculdade Senac-DF, Luís Afonso Bermúdez.

“Para nós que transmitimos conhecimento, a inovação nos acompanha não somente o ensino, mas também nos acompanha quando o mercado bate na nossa porta pedindo por profissionais capacitados, aptos para as necessidades e cargos do futuro. Então, essa aproximação com a Faculdade Senac Goiás é importante para que a gente possa trocar experiências e conhecimentos entre si”, afirmou o diretor Bermúdez.

Sobre tecnologia e inovação, voltados para o dinamismo, interatividade e autonomia do aluno, foi o principal ponto que Ionava destaca irá levar de sua visita. “Ao ver isso aqui, eu penso em um aluno, graças a um ambiente de aprendizagem mais interativo, acaba entrando em uma realidade mais contextualizada com o profissional do futuro”, acrescentou ela. 

Ionara se aprofunda ainda mais na ideia da inovação dentro de uma instituição acadêmica, e como viu isso na Faculdade Senac-DF. “Quando falamos de inovação, não falamos só da estrutura física, e sim da tratativa com os alunos também. Então os aspectos de inovação em relação ao atendimento ao aluno, a ideia do coaching, da felicidade e satisfação na sala de aula e no ambiente de trabalho, essas coisas além de serem muito bacanas, são diferenciais importantes”.

Texto: Bernardo Guerra (Estagiário de Jornalismo)
Edição: Luciana Corrêa

8 podcasts sobre educação para acompanhar em 2021

Não há dúvidas que os podcasts estão ganhando cada vez mais espaço entre os brasileiros. Segundo um levantamento da plataforma Spotify, o número de novos programas cresceu cerca de 240% em 2020. Nesse cenário de ascensão, também começam a ganhar destaque as produções sobre educação.

Para quem deseja ficar por dentro dos principais debates educacionais, o Porvir fez uma seleção de oito podcasts que você pode acompanhar neste ano. Clique nos títulos para ouvir:

Porvir/CIEB
Produzido pelo Porvir em parceria com o CIEB (Centro de Inovação para a Educação Brasileira), o podcast traz tendências e debates sobre tecnologia na educação. Entre os programas, já foram abordados temas como aquisição de tecnologia para redes e escolas, ensino híbrido, formação inicial de professores, LGPD na Educação, Currículo para Educação Profissional e Técnica, entre outros.

Projete-se | Projetos de Vida na escola
Em cinco episódios, o podcast realizado pelo Porvir, em parceria com o Instituto iungo, aborda o desenvolvimento integral dos jovens e o trabalho com projetos de vida pelos educadores nas escolas. Entre os programas, são discutidos temas como adolescência e juventudes, emoções e autocuidado, relações com a família e comunidade, trajetória acadêmica e mundo do trabalho.

Educando para Transformar
A série lançada pela Fundação Telefônica Vivo, em parceria com o Estúdio Folha, da Folha de S. Paulo, traz seis episódios que discutem a parceria entre pais e educadores, a profissão professor, a relação com os alunos, o protagonismo jovem, poder da educação na transformação de vidas e o voluntariado.

Educa Podcast
Apresentado por Adriana de Barros, com direção técnica de André Gibeli e roteiro e produção geral de Ricardo Berlitz, o podcast reúne semanalmente músicos e educadores para falar sobre os principais temas da educação brasileira e mundial. Entre os convidados, estão participantes como Janine Rodrigues, Miguel Thompson, Alexandre Le Voci Sayad, Claudia Costin, João Marcelo Bôscoli, Lecy Brandão e Supla.

Folha na Sala
Produzido pela Folha de S. Paulo em parceria com o Itaú Social, o podcast é apresentado pelos jornalistas Ricardo Ampudia e Juliana Deodoro, com a coordenação de Fábio Takahashi e Magê Flores. O programa traz notícias e análises sobre educação, além de contar histórias de professores e salas de aula espalhadas pelo Brasil.

Papo de Educador
Apresentado por Damione Damito, o podcast é feito por professores e para professores com o propósito de divulgar novas ideias, teorias e boas práticas em educação. Entre os temas abordados, estão tópicos variados, como ensino híbrido, volta às aulas, formação de professores, aprendizagem criativa e educação baseada em projetos.

PodAprender
Produzido pela Editora Aprende Brasil, o podcast debate temas importantes para a Educação Básica brasileira. Entre os assuntos de destaque, estão tópicos como engajamento familiar, educação ambiental, criatividade, saúde mental, educação financeira, inclusão, entre outros.

Sala de Professor
Comandando por Fabiana Paixão e Walisson Ferreira, o podcast tem a proposta de conversar sobre educação de forma leve e descontraída. Além de falar sobre os impactos da pandemia na educação, o programa também trata de temas como metodologias ativas, ensino híbrido, gamificação, pedagogia Waldorf, indústria 4.0, diversidade e inclusão e muito mais.

Escrito pela Redação do Porvir
FONTE: https://porvir.org/8-podcasts-sobre-educacao-para-acompanhar-em-2021/

“Chefes da Felicidade”: Função criada para tornar o ambiente de trabalho mais agradável

Estresse e desmotivação são inimigos diretos da produtividade. Felizmente, muitas empresas já perceberam isso e entenderam que investir na felicidade dos seus funcionários é algo indispensável.

Já está mais que comprovado que colaboradores saudáveis e engajados trabalham com muito mais qualidade, e, dessa forma, todos saem ganhando.

Para garantir uma equipe satisfeita, as empresas criaram uma nova ocupação focada exclusivamente nesse aspecto: o Chief Happiness Officer, ou Chefe da Felicidade.

O conceito foi criado no Vale do Silício, nos Estados Unidos, se popularizando rapidamente entre startups e posteriormente caindo na graça de corporações maiores.

O Chefe da Felicidade não é exatamente um cargo, mas, sim, uma função atribuída a um profissional, que fará a ponte entre recursos humanos e comunicação interna.

Apesar de ser mais comumente designada a um profissional de RH, a função pode ser assumida por um ou mais funcionários de diversos setores.

Seu papel será estudar o quadro geral de felicidade de cada equipe, apurar as principais necessidades dos colaboradores e auxiliar a liderança a planejar formas de aprimorar esses aspectos.

Estar feliz não é sorrir o tempo inteiro, mas, sim, se sentir bem em desempenhar seu papel dentro daquela organização.

As empresas focaram, por muito tempo, em oferecer uma boa estrutura e equipamentos da melhor qualidade, como cadeiras confortáveis e notebooks 16 GB — itens essenciais para desempenhar um bom trabalho. Mas garantir a felicidade de seus funcionários vai além. 

Em parceria com os gestores de cada setor, os Chefes da Felicidade precisam encontrar formas de mostrar que a empresa se importa com cada um de seus colaboradores, seja incentivando o crescimento pessoal ou oferecendo outros tipos de suporte.

É essa humanização que faz o diferencial, especialmente quando se trata de uma organização maior, com muitos funcionários.

Nesses tempos de pandemia, em que a saúde emocional das pessoas está tão fragilizada, essa função se faz ainda mais necessária.

Por diversos motivos, as taxas de ansiedade, estresse e depressão estão cada vez mais elevadas, então é importante que os profissionais responsáveis procurem escutar seus funcionários e ajudar aqueles que se encontram em uma situação mais delicada.

Um ambiente de trabalho saudável se atenta a todas essas questões, e agora, graças aos Chefes da Felicidade, alcançar esse ponto ideal está cada vez mais possível.

Com o tempo, a tendência é que essa função deixe de ser opcional e se torne obrigatória para as corporações que desejam se destacar no mercado de trabalho.  

Escrito por Gabriel Dau
FONTE: https://www.jornalcontabil.com.br/chefes-da-felicidade-funcao-criada-para-tornar-o-ambiente-de-trabalho-mais-agradavel/

A pandemia, o retrocesso na educação e as oportunidades a partir da crise

educação brasileira tem um grande desafio pela frente: retomar o crescimento dos indicadores de ensino que durante a pandemia de covid-19 apresentaram intensa queda. Para se ter uma ideia, em abril deste ano, o Banco Mundial publicou um estudo sobre as defasagens de aprendizagem dos alunos durante a pandemia. Antes da crise, 50% deles tinham um nível de proficiência abaixo do mínimo. Pouco mais de um ano depois, esse índice saltou para 71%.

Em um recorte específico do Estado de São Paulo, com base em estudo da Secretaria Estadual de Educação, que analisou os dados do SAEB – principal ferramenta de avaliação da Educação Básica no Brasil – e fez uma comparação entre o ano de 2019 e a avaliação amostral de 2021, ficou claro o impacto da pandemia na educação básica.

O estudo revela uma perda significativa de aprendizado nos anos iniciais do ensino fundamental na disciplina de matemática com queda de 46 pontos no resultado do SAEB. Para atingir o patamar de 2019, que chegou a registrar 243 pontos e hoje não passa de 196, seria necessário multiplicar por 11 vezes o aprendizado que os estudantes levam um ano para concluir. Já nos anos finais do Ensino Fundamental, a disciplina de matemática registrou uma queda de 14 pontos no sistema. Neste caso, seria necessário saltar três vezes no aprendizado para compensar o déficit.

A pandemia também impactou o aprendizado da disciplina de língua portuguesa no Ensino Médio. O índice do SAEB que estava em elevação desde 2017 e em 2019 chegou a atingir 279 pontos na escala, em 2021 permanece em 268. Para alcançar o patamar de 2019 seria necessário elevar 18 pontos na escala.

O que se vê com a suspensão das aulas presenciais por pouco mais de um ano, o fechamento das escolas para conter a pandemia e as incertezas sobre o ano de 2021, é um retrocesso significativo nos avanços educacionais do país. Os resultados apurados pelo sistema de monitoramento educacional, que além do SAEB, incluem Censo Escolar e IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) vinham apontando melhora dos índices desde 2019, mas em meio ao contexto desafiador, alguns indicadores não se mantiveram equilibrados.

Embora gigantes, os esforços das redes de ensino e a oferta de atividades híbridas para reduzir as perdas no processo de aprendizagem e manter os estudantes engajados, esbarram no aumento do risco de abandono e de evasão escolar. Ele acontece principalmente quando a escola se distancia das necessidades dos alunos, além de outros motivos como, por exemplo, a necessidade priorizar o trabalho. Prejuízos no aprendizado, ampliando as diferenças entre estudantes ricos e pobres e danos à saúde mental também são registrados em virtude da pandemia.

O retorno das atividades escolares presenciais pode apontar um caminho para tentar reverter o quadro, mas, principalmente nos anos iniciais, de alfabetização, é fundamental estar atento ao desenvolvimento de habilidades, ao o vínculo da criança com a aprendizagem e ao sentimento de pertencimento ao grupo, principalmente quando se tratam alunos com dificuldade de aprendizagem.

Recursos tecnológicos têm se mostrado grandes aliados de escolas, estudantes e professores durante a pandemia. Em tempos de aulas híbridas, eles ajudam a construir as experiências dentro da sala de aula, por meio de atividades que incluem vídeos, apresentações e interação on-line. Também possibilitam fazer micro avaliações de cada atividade do aluno, permitindo conhecê-lo individualmente e gerar um diagnóstico do processo de aprendizagem.

tecnologia também pode atuar como facilitador quando o assunto é algum tipo de dificuldade na aprendizagem. Um bom exemplo é o EduEdu, aplicativo gratuito de alfabetização e reforço escolar com soluções tecnológicas acessíveis, desenvolvido pelo Instituto ABCD. Com recursos de gamificação, a ferramenta faz uma avaliação para identificar as áreas que a criança necessita de apoio, cria atividades personalizadas e monitora a evolução do aluno.

Mais do que nunca, é fundamental um esforço coletivo que uma escola e família para avançar. Os dois grupos precisam trabalhar juntos para promover a aprendizagem e evitar que qualquer aluno fique para trás. É essencial consolidar essa ponte, manter uma escuta ativa e se envolver com grupos que possam estimular o engajamento para que seja possível recuperar perdas e retomar o crescimento.

Escrito por Juliana Amorina
FONTE: https://exame.com/bussola/a-pandemia-o-retrocesso-na-educacao-e-as-oportunidades-a-partir-da-crise/

O que é Edtech? Entenda de uma vez por todas

O Brasil possui diversas dificuldades na área da educação e muitas oportunidades para novas soluções. Nesse cenário, as novas formas de ensino promovidas pelas startups têm grande impacto. Com 108 edtechs, 2013 fechou com um boom na criação de startups brasileiras, segundo o Distrito Edtech Report. O mapeamento mais recente aponta que já são 434 edtechs nacionais. Mas, espere só um minuto: o que são, exatamente, essas edtechs? Qual tem sido o impacto dessa nova era da educação? É mais em conta? Por que ela existe? Do que se alimenta? Calma! A intenção desta matéria é justamente mostrar para você o maior número de detalhes possível acerca do que é esse mercado e tirar todas as dúvidas, de uma vez por todas.

Para entender melhor do que se trata uma edtech, nossa equipe conversou com Vinicius Gusmão, CEO e co-fundador da MedRoom — que usa conceitos de gamificação e Realidade Virtual (VR) no ensino de medicina e treinamentos em saúde e permite ver com perfeição a estrutura do corpo, observar os órgãos individualmente e a relação entre os sistemas em diferentes amplitudes — e com Jan Krutzinna, CEO e fundador da ChatClass, antiga EduSim, uma startup focada em reinventar o ensino de inglês nas escolas do país com uma inteligência artificial da startup interage com os alunos de ensino fundamental e médio por meio de mensagens e áudios do WhatsApp.

Bom, indo primeiro na raiz da coisa, o uso mais comum de “edtech” é como abreviação de “education technology”, ou tecnologia educacional, mesmo: são soluções que linkam tecnologia com a jornada dos stakeholders da educação: professores, alunos, administradores. Isso pode variar de um aplicativo simples para o aluno do ensino fundamental aprender matemática ou sistema complexo de gestão de dados para administradores de instituições de ensino. Também podemos definir uma edtech como uma startup, uma empresa nova, que geralmente atua com tecnologia no setor da educação. No entanto, isso não significa que todas as edtechs trabalhem na área do ensino e da aprendizagem, elas podem ser focadas no marketing, na administração e nas operações em geral no contexto de instituições educacionais.

Tecnologia educacional

No entanto, além de compreender do que se trata, uma coisa que também não fica muito clara é a razão pela qual as edtechs estão aí. Segundo Vinicius, costuma-se dizer que o sistema de ensino está falido, que fracassou. “Mas isso é realmente verdade? O sistema atual consegue formar bilhões de alunos todos os anos em vários lugares do mundo, o que não parece característica de um sistema falido. A grande questão é que existe muito espaço para melhorar, aumentar o acesso, garantir qualidade, e nesse sentido a educação brasileira tem muito espaço para melhoria”, pondera o executivo.

Em relação a isso, Jan acrescenta que a educação talvez seja um dos setores mais tradicionais que existem, uma vez que a escola, por lidar com crianças e famílias, não é um lugar em que se pode experimentar diferentes coisas e cometer muitos erros. Entretanto, o executivo aponta que a tecnologia hoje está redefinindo grande parte de nossas vidas, do mundo, da economia e até mesmo da educação. Com isso, ele vê a tecnologia como uma grande oportunidade de melhorar o acesso e a qualidade do ensino. “A realidade é que a população precisa cada vez mais aprender, mas existe uma lacuna no número de professores disponíveis e também uma desvalorização da profissão. Acho que a digitalização pode ajudar a preencher essa lacuna e também a auxiliar os professores a trabalharem com mais impacto”.

O CEO da ChatClass aponta o Brasil como um país grande, onde existe muito capital humano, com muito potencial, e os brasileiros têm vontade de aprender e possuem ambição para avançar na vida, mas o sistema escolar tem dificuldade em entregar um ensino para atender essa demanda da população. Os testes internacionais, como PISA, infelizmente, evidenciam que o sistema do Brasil precisa melhorar.

O cenário atual apontado por Jan é um país que precisa investir e melhorar a educação por causa da constante evolução da economia e, com isso, o crescimento da demanda de pessoas com mais treinamento. Para ele, a tecnologia atualmente transforma indústrias não só no Brasil, mas em todo o mundo, e é importante que essa melhoria na educação aconteça para todos, e não apenas para os privilegiados.

Analisando esse cenário, Vinicius declara que a tecnologia viabiliza experiências que não seriam possíveis de outra forma, como gerenciar milhares de alunos, promover ensino adaptativo para cada um, visitar e passar por experiências que não são de fácil acesso ou que não são possíveis na vida real. Para ele, há uma série de fatores que a tecnologia potencializa e outros tantos que ela torna possível. “Com tecnologia na educação podemos levar a humanidade para outros níveis de discussão. Apesar disso, existe muita discussão sobre até onde a tecnologia chega e até onde ela deveria chegar”, acrescenta. Em outras palavras, os objetivos de cada uma variam bastante, pode-se querer melhorar gestão, processos ou até mesmo o conteúdo em si.

Edtech é mais em conta?

Quando se fala em edtech, uma das primeiras dúvidas que surgem é o preço. Segundo a linha de pensamento de Jan, a princípio, uma solução em tecnologia pode ser mais barata do que uma solução tradicional, como são com os livros, simplesmente por conta do baixo custo que a virtualização traz. “A tecnologia consegue entregar um conteúdo mais personalizado e acessível, já que o preço é menor comparado com os métodos tradicionais. Com tecnologias de inteligência artificial, por exemplo, conseguimos baixar o custo dos feedbacks e permitir que todo aluno tenha a atenção pedagógica que merece”, disserta, já considerando que o aluno tenha um equipamento em casa (notebook, smartphone ou tablet).

Se por um lado, Jan acredita que a educação por meio da tecnologia fornece mais resultado em custo-benefício, para Vinicius não é exatamente assim, pois algumas demandam investimento inicial mais alto. mas que no tempo se mostra diluído por ter menos problemas com gestão de pessoas, uso de insumos etc. O CEO afirma que o importante é ter clareza das expectativas, ou seja, saber o porquê de adquirir uma solução de edtech, se ela resolve um problema real e quais as vantagens que sua organização ou seus alunos terão frente à novidade.

O contraponto

No entanto, mesmo os CEOs de Edtech precisam admitir que esse novo mercado não é perfeito, e também conta com seus prós e contras. Para Vinicius Gusmão, os contrapontos variam de edtech para edtech, e as mais ligadas com o conteúdo em si precisam ter uma atenção especial com curadoria e proposta de valor.

Sendo assim, o CEO e co-fundador da MedRoom atribui à falta de interação a principal desvantagem da edtech: “Algumas tecnologias são muito ‘solitárias’, como as plataformas EAD, o que pode limitar a interação entre as pessoas, critério extremamente importante para a formação. Plataforma de aprendizagem com inteligência artificial se mostram muito promissoras para aprendermos hard skills, mas não são tão boas para desenvolvermos soft skills, por exemplo”, afirma o executivo.

Por sua vez, Jan diz que as principais desvantagens de se aprender por meio das edtechs, são os “desafios de motivação”. Ele explica que isso acontece porque a maioria programas 100% online tem dificuldades com retenção e engajamento dos alunos, já que para a grande maioria das pessoas, é difícil estudar sozinho em casa.

Sendo assim, as soluções trabalhadas dentro das instituições (escolas e faculdades) muitas vezes acabam não sendo tão redondas e tentar aprender através delas pode ser difícil. Para o executivo, as equipes de tecnologia do mundo de startups deveriam pesquisar a fundo sobre a realidade da sala de aula, justamente para otimizar as abordagens.

O futuro das Edtechs

Certo. Então já descobrimos o que são as edtechs, o porquê da atenção que esse mercado tem conquistado e até mesmo as desvantagens que envolvem. No entanto, quando se tem em mente estudar por smartphone — e até mesmo por WhatsApp, como já vem acontecendo —, chega a aparecer um estranhamento em relação ao que esperar. A tecnologia avança a passos muito largos, afinal. Então quer dizer que haverá médicos formados por meio do WhatsApp no futuro, ou coisa parecida?

“Na minha visão, isso já pode acontecer hoje”, aponta Jan. Ele reitera que existem profissões, como médicos, que demandam práticas de aspecto físico/manual como fazer uma cirurgia, que não é viável fazer pelo smartphone hoje e talvez nunca seja, mas que o smartphone pode virar um orientador universal capaz de guiar e auxiliar no aprendizado de assuntos complexos, até para a medicina. “Então, nossa visão é criar essas assistentes digitais para aprendizagem dentro do smartphone, que pode ser um tutor para qualquer matéria que se desejar aprender”, declara.

Em contrapartida, questionado a respeito dessa ambição das edtechs, Vinicius Gusmão aposta num cenário com múltiplas frentes, presenciais, a distância, virtuais e reais. Isso porque, segundo ele, existem diferentes tipos de mensagem, cada um com uma necessidade de comunicação diferente, que necessitam de mídias diferentes. “O melhor é tornar todas as mídias acessíveis e integradas, não forçar a mensagem para uma mídia que não a comporta. É como adaptações de livros para filmes: o livro foi escrito para ser uma experiência de leitura e quando você o transporta para dentro do filme ele não funciona da mesma forma”, conclui.

Jan também acredita no ensino híbrido, que combina as ferramentas digitais com uma experiência presencial, em que cada um é otimizado para o que pode entregar melhor. Para ele, ambos são vantajosos: presencialmente, os alunos ficam mais motivados e existem diversos benefícios pedagógicos, enquanto a assistente digital pode trazer customização baseada em dados e feedbacks personalizados.

Para conquistar a ascensão, o nicho das edtechs precisa resolver duas coisas, segundo Jan: primeiro, ter um produto que se adequa com as necessidades do mercado e, segundo, ter uma boa distribuição para chegar aos usuários. Ele acrescenta que, no final das contas, as grandes editoras e o sistema de ensino mantêm o poder, já que têm uma força de distribuição grande, fechando contratos com ticket alto com escolas e parceiros. Elas não possuem sistema digital avançado, mas mesmo assim conseguem dominar o mercado, apenas com livros e serviços.

“Nós estamos trabalhando por uma perspectiva de ecossistema, queremos ajudar o aluno e o professor aonde eles estiverem: por isso temos soluções em parceria com sistemas de ensino, com escolas de idiomas, com escolas regulares e também para os alunos que queiram aprender conosco. Somente dessa forma conseguimos endereçar o problema da distribuição e do produto para alcançar o máximo de usuários”, finaliza o CEO da ChatClass.

Escrito por Nathan Vieira
FONTE: https://canaltech.com.br/inovacao/edtech-o-que-e-159758/

Aplicativos de aprendizagem: veja 10 apps que auxiliam os estudos

Com a chegada da pandemia em 2020, muitos aspectos da vida moderna tiveram de ser reinventados e isso, portanto, acabou impulsionando o avanço da tecnologia. Dessa forma, os aplicativos de aprendizagem remota ganharam destaque e milhões de usuários de uma hora para outra.

Estudar em casa se tornou realidade, mas ao mesmo tempo expôs as dificuldades enfrentadas pelos usuários. Sendo assim, esse cenário popularizou os aplicativos de aprendizagem entre os estudantes. Além da facilidade de acesso e manuseio, a maioria dos apps apresenta conteúdos didáticos para o estudo individual, aulas mais lúdicas, bem como recursos digitais que ajudam na compreensão das disciplinas.

A educação remota já faz parte do cotidiano dos estudantes, sejam eles crianças, adolescentes ou adultos. Afinal, há muito tempo estudar deixou de ser sinônimo de papel, caneta e livros. Entretanto, smartphones, tablets e computadores estão incorporados à rotina de parcela significativa dos estudantes.

“A educação remota se tornou um grande desafio para os estudantes brasileiros nesses dois anos de pandemia. Mas os aplicativos de ensino on-line, que, em sua maioria, podem ser baixados gratuitamente, têm sido um aliado de primeira hora. A tecnologia voltada para a educação, portanto, veio para ficar. Ou seja, a velha fórmula de educar está tendo de se adaptar e dividir espaço com o novo inquilino”, diz Arie Halpern, especialista em disrupção tecnológica.

Conheça 10 aplicativos de aprendizagem:

DUOLINGO

Oferece cursos de idiomas com conteúdos rápidos. Estão disponíveis aulas de inglês, espanhol, francês, alemão, italiano e esperanto.

PHOTOMATH

Utilizando a câmera fotográfica do smartphone, o app resolve problemas matemáticos instantaneamente.

POCKET

Permite organizar os conteúdos de leitura e salvá-los para consulta.

APROVADOS

Gerenciador de estudos que permite organizar as atividades por matérias e conteúdos, bem como acompanhar o desempenho dos estudos no calendário e em forma de gráficos.

FÍSICA BÁSICA

Esse app disponibiliza conteúdos teóricos e práticos de física básica, de forma objetiva e cativante.

QUIZ UP

É um jogo de perguntas e respostas, de conhecimentos gerais, que permite desafiar amigos e jogadores on-line com os seus temas preferidos.

ANATOMY 3D ATLAS

Aqui, é possível estudar a anatomia humana de forma interativa e fácil, através de modelos anatômicos em 3D.

APPBLOCK

Auxilia o estudante a se focar nos estudos. Sendo assim, permite bloquear temporariamente aplicativos que possam tirar a atenção do estudante.

BRAINLY

É uma comunidade on-line a qual reúne estudantes do mundo inteiro, que se ajudam mutuamente a sanar as dificuldades nos estudos diários.

QUIZ DE PORTUGUÊS

Nesse app, os usuários respondem questões sobre divisões da gramática e as regras gerais de construção textual, como os métodos de coerência e coesão.

Escrito por Arie Halpern
FONTE: https://www.folhavitoria.com.br/geral/blogs/educatech/2021/05/25/aplicativos-de-aprendizagem-veja-10-apps-que-auxiliam-os-estudos/

Transformações no mundo do trabalho exigem respostas inovadoras, escreve Clemente Ganz Lúcio

O mundo do trabalho passa por múltiplas e profundas transformações com intensos impactos sobre os empregos e as formas de ocupação laboral; sobre a quantidade, os tipos e os conteúdos dos postos de trabalho; sobre as profissões, seus conteúdos e a pertinência da sua existência; sobre os conteúdos, métodos e atualização da educação e formação profissional; sobre as habilidades necessárias para trabalhar nos novos contextos; sobre as formas de contratação e de inserção laboral, que passam pelo assalariamento clássico, às várias formas de trabalho autônomo e por conta própria, ao contrato intermitente, por prazo determinado ou eventual, aos vínculos mediados por plataformas e aplicativos, a pejotização, uberização, entre outros.

A ampla flexibilidade da jornada de trabalho, composta de uma miríade entre as micro jornadas de poucos segundos que, de maneira intermitente, se somam às jornadas de mais de 15 horas diárias durante 7 dias por semana; sobre diferentes formas e critérios de remuneração e de direitos laborais; sobre as formas de proteção laboral, social, previdenciária e sindical e, principalmente, a ampliação das formas de desproteção laboral, social, previdenciária e sindical. Rotatividade, informalidade, múltiplos vínculos laborais, vulnerabilidade, precarização, adoecimentos, medo, insegurança, estresse, ansiedade, depressão caracterizam esse novo mundo do trabalho.

Essas transformações no mundo do trabalho ganham rapidamente dimensões globalizadas e estão se acelerando e expandindo. A crise sanitária da covid-19 impactou a economia em todo o planeta e ensejou medidas que aceleraram essas modificações no mundo do trabalho.

Essas transformações acontecem porque há mudanças profundas e disruptivas na estrutura e nos fluxos do sistema produtivo e na base do sistema econômico. Há também mudanças culturais fundamentais no sentido da igualdade entre homens e mulheres, na forma de exercer a liberdade aplicada em diferentes escolhas para a vida, na maneira de as pessoas se inserirem na economia, no acesso e circulação das informações e do conhecimento; a expectativa de vida aumenta e ocorre a queda da taxa de natalidade; tudo isso impacta a organização da sociedade e as relações sociais, com novas demandas de serviços e produtos aparecendo e inovadoras ofertas que aumentam a cada dia. Há ainda as ondas do tsunami ambiental que a humanidade tem provocado, que está alterando o clima e colocando em risco todas as formas de vida no planeta, exigindo também respostas inovadoras.

As transformações sempre existiram porque fazem parte da essência da vida em todas suas dimensões, inclusive na econômica, como revelam as 3 revoluções industriais no último século e meio. Na atualidade histórica está em curso o processo da 4ª revolução tecnológica, com impactos em todo o sistema produtivo, ao mesmo tempo que ocorrem profundas mudanças culturais cujas extensões são múltiplas e totalizantes.

A profundidade dessas mudanças tem caráter disruptivo, abandonando rapidamente o velho mundo, que vai perdendo predominância e hegemonia. O novo mundo emerge com a velocidade acelerada e efeitos que se distribuem em todas as direções.

Para uma agenda que debate e delibera sobre as escolhas feitas no presente em relação a esse conjunto de transformações, é fundamental compartilhar a capacidade de prospectar as possibilidades de futuro, orientando cada escolha atual pelo sentido daquilo que se quer construir, dos problemas a serem superados, indicando claramente aquilo que não se quer promover e produzir.

Esse debate deve ser instruído por muita informação e conhecimento qualificado, por amplo processo de debate que compartilhe projetos de formas de vida coletiva que expressem a condição humana que se quer promover, bem como considere os limites físicos e climáticos do planeta Terra, que indique a missão de considerar os habitantes da Terra como uma comunidade planetária, que preserva todas as formas de vida, inclusive a nossa.

Nessa agenda que prospecta o futuro e cria compromissos no presente, há que se colocar como elemento constitutivo de um projeto de desenvolvimento e de sociedade a dimensão do trabalho como direito universal de participação de todos na produção econômica e de acesso ao produto social do trabalho.

Há que se entender que a tecnologia é inteligência, conhecimento e trabalho humano aplicado na forma de máquina, ferramenta e processo produtivo, cujas escolhas nos processos de inovação e no seu compartilhamento têm uma dimensão fundante essencialmente política. Ou seja, cabe à sociedade, por meio dos meios de que dispõe e cria para o diálogo social deliberativo, tratar das inovações, dos seus avanços, reflexos, usos e analisar seus impactos, fazendo escolhas de melhores caminhos, de perspectivas e de projetos.

Por Clemente Ganz Lúcio
FONTE: https://www.poder360.com.br/opiniao/economia/transformacoes-no-mundo-do-trabalho-exigem-respostas-inovadoras-escreve-clemente-ganz-lucio/

PRÓXIMA LIVE: Ex-aluno se destaca em SP, funda ONG e lança livro sobre finanças

A Faculdade de Tecnologia e Inovação Senac-DF irá receber na próxima quinta-feira, dia 24, às 13h, o ex-aluno Gustavo Araújo, no canal do YouTube do Senac-DF (https://bit.ly/2SCzkKY). Em 2013, ele se formou em Marketing e logo após, no MBA em Supply Chain Management, ambos na Faculdade. Hoje, em 2021, Gustavo mora em São Paulo, é sócio de um escritório de investimentos, professor de certificações financeiras, fundador da ONG Unidos por Todos, e, neste mês, lançou o seu primeiro livro, A Hora de Investir.

Gustavo possui uma extensa bagagem de experiência em sua área de trabalho, sempre se destacando por onde passou, além de trazer consigo uma visão humanista da vida e do trabalho, o que irá render um bate-papo bastante amplo. Abordando desde os tempos dele na Faculdade Senac, passando por sua decisão de se mudar para São Paulo, suas experiências profissionais, a criação de sua ONG e, até mesmo, a ideia por trás de seu novo livro autoral.

Você não pode perder essa live! ATIVE O SININHO https://bit.ly/2SCzkKY

Texto: Bernardo Guerra (estagiário de jornalismo)
Edição: Luciana Corrêa