Aprimorar para empreender

Natã Souza, 27 anos, morador de Santa Maria, começou a trabalhar aos 18 anos, fez estágios, serviu no Exército por quatro anos (até 2014) e passou um tempo trabalhando como corretor de imóveis. Sempre pensou em ter seu próprio negócio, mas devido ao pouco conhecimento não levava suas ideias adiante. Até que em 2018 surgiu a oportunidade de fazer gratuitamente os cursos Gestão de Pequenos Negócios e Educação Empreendedora e Financeira, por meio de parceria do Senac Ações Móveis com a Administração Regional de Santa Maria. A busca pelo aprimoramento o ajudou a abrir a empresa de Marketing chamada Prêmio na Bandeja, que consiste na divulgação nos forros de bandejas de lanchonetes.

“Já tinha a ideia de abrir a empresa e fui atrás dos cursos para aprimorar os conhecimentos. O professor me ajudou muito, me apoiou bastante”, afirma Natã, lembrando que o conteúdo dos cursos esteve dentro de suas expectativas. “Aprendi sobre de fluxo de caixa, emissão de notas e tudo o mais. Com certeza foi bem importante. A questão do CNPJ eu já tinha conhecimento, mas sobre emissão de notas eu não entendia nada e aprendi como funciona”, destaca ele que espera atuar em dez cidades do DF ainda no primeiro semestre de 2019. “Já tenho o plano de logística, começando por Santa Maria, Valparaíso e Gama no primeiro trimestre”, planeja.

Antes de fazer o curso, Natã trabalhava como corretor de imóveis. “Estava um pouco parado porque não tinha muitas vendas, então decidi fazer o curso. Há muitos anos eu tentava empreender, mas nunca procurei meios para me aperfeiçoar. Agora que amadurecemos, percebemos que não tem jeito, temos que nos aperfeiçoar. E eu decidi aprimorar para poder abrir a empresa com mais responsabilidade”, afirma. “Agora descobri que é isso mesmo que eu tenho que fazer. É de empreendedorismo que eu gosto. Então tenho que melhorar nessa área, me aperfeiçoar sempre”, destaca.

Em busca do aperfeiçoamento

Nascida em Tocantins e morando no Distrito Federal desde os três anos de idade, Michelle Bringel do Nascimento, 40 anos, trabalha na área de beleza desde 2011. Começou com maquiagem, escova e alguns penteados, tendo aprendido sozinha esses procedimentos. Atendia na casa das clientes até que resolveu se profissionalizar para ampliar os serviços que oferecia. Conseguiu bolsas de estudo e fez no Senac Sobradinho o curso de Cabeleireiro, seguido pelo curso de Especialização em Cortes, no Senac Jessé Freire. Após os cursos, se tornou microempreendedora e montou o estúdio Michelle Bringel Make e Hair, na própria casa, em Planaltina. No início de dezembro, a profissional se mudará para Santa Maria (DF) onde passará a atender em um espaço dentro de um salão de beleza.

Entre os serviços oferecidos estão escova, corte, penteado, luzes, progressiva, maquiagem, sobrancelha. “Antes do curso sabia fazer maquiagem e o básico de escova e alguns peteados. Ganhava pouco dinheiro com isso. Depois que fiz o curso no Senac abriu um leque de oportunidades e eu comecei a realmente ganhar dinheiro nessa área”, afirma a cabeleireira que hoje é especializada em cortes curtos, no estilo chanel. “O curso mudou minha vida porque me deu autoconfiança e mais segurança para trabalhar. O Senac me ensinou a passar segurança para as clientes, que hoje são fieis. Minha especialidade é corte curto e aqui na cidade não tem muito profissional especializado nesse tipo de corte e isso tem feito a diferença para mim”, destaca Michelle que pretende fazer também no Senac o curso de Maquiagem.

 

Fotos: Aise Rodrigues – Agência Majestic

 

Descobrindo uma nova profissão

Wanderley Clemente de Oliveira, de 45 anos, sempre trabalhou na área de comércio. Já foi proprietário de uma confecção de roupas e tem uma loja de informática. Há 10 anos, fez um projeto para montar um salão de beleza, mas por falta de conhecimento na área deixou o empreendimento em segundo plano. Quando conheceu sua atual esposa, percebeu que ela tinha facilidade em modelar cabelos e a incentivou a fazer um curso para abrir um salão. Claudene Xavier Mendes conseguiu uma bolsa de estudos e fez os cursos de Cabeleireiro e Barbeiro por meio do Senac Ações Móveis. Ao perceber que a esposa não teria condições de atender sozinha em um empreendimento, ele decidiu se profissionalizar para ajuda-la e também buscou a instituição. Antes de encerrar as aulas no curso de Cabeleireiro do Senac, ele abriu junto com a esposa o salão WCDF Instituto de Beleza, localizado no Recanto das Emas.

“Eu gostei muito do curso e resolvi investir mesmo nessa profissão. Agora faço o curso de Babeiro”, destaca Wanderley, lembrando que o conteúdo das aulas foi além das suas expetativas. “O Senac mudou tudo para mim em termos de visão profissional. Eu não me importava muito com profissionalização, ter conhecimento a fundo. Hoje tenho uma visão totalmente diferente com relação ao negócio que eu tinha antes. Eu não sabia o que era um plano de negócio. Por meio do Senac a gente teve acesso ao Sebrae, que mostrou que o plano de negócio é muito importante para ter certeza de que está entrando em uma área bem segura, se vai ter sucesso. Todo esse conhecimento que a gente recebeu no Senac serve para as duas empresas. O conhecimento técnico, logístico, tudo isso serve até para minha vida, para o meu dia a dia. O Senac me surpreendeu”, afirma.

Especializado no atendimento infantil

O brasiliense Rafael Carlos Andrade Silva, de 37 anos, trabalhou por muito tempo como corretor de imóveis. Em 2016, com a crise que atingiu o setor imobiliário, não conseguiu se manter e teve que se reinventar. Mesmo com a mãe trabalhando a vida toda em salões de beleza, Rafael nunca se imaginou na profissão de cabeleireiro. Porém, com o incentivo dela e do irmão, que há pouco tempo havia se tornado barbeiro, ele decidiu investir nessa área. Fez um curso de barbeiro e depois ganhou uma bolsa de estudos para fazer o curso de Cabeleireiro no Senac do Gama, que teve início em dezembro de 2017. Há seis meses abriu seu próprio negócio em Santa Maria, a Raji Barbearia, que atende homens, mulheres e é especializada em corte infantil. Além disso, tem como diferenciais os preços populares e a gratuidade para crianças com deficiência.

“O conteúdo do curso do Senac esteve dentro das minhas expectativas, principalmente em relação à administração. Nas primeiras aulas tem muita parte teórica sobre empreendedorismo, como abrir uma empresa, como administrá-la e isso foi muito importante para mim”, afirma Rafael destacando que o Senac mudou sua vida. “É uma expressão até forte, mas mudou a minha vida”, enfatiza. “Eu agradeço todos os dias a minha esposa, ao meu irmão e minha mãe, porque eu tinha outra vida. Eu saí da corretagem, estava com depressão e comecei a fazer o curso. Então você começa a ver a vida de outra forma, vê que existe outro caminho. Posso dizer que os cursos que fiz mudaram a minha vida e é dessa profissão que eu vou viver o resto da vida”, destaca.

O empresário explica que o motivo de ter se especializado em atendimento infantil foi o filho. “Quando comecei na profissão, mesmo estagiando, percebi que havia muita rejeição de barbeiros em cortar cabelos de crianças por terem uma certa dificuldade. Eu tenho um filho autista e ele sempre teve esse trauma de cortar cabelo, de chorar muito. Então aprendi a cativar a criança. Coloco desenho, ofereço balinha, pirulito e a criança senta na cadeira e deixa cortar tranquilamente. Às vezes levo mais de um hora para fazer um corte infantil porque algumas crianças se movimentam muito e eu tenho que respeitar o tempo delas”, explica ele.

Entre doces e salgados

Rosilane Pereira Guimarães Macedo, 34 anos, é formada em Gestão Financeira e sempre trabalhou na área de Contabilidade. Ao ficar desempregada para cuidar da mãe que adoeceu, começou a fazer bolos em casa para vender.  Logo os pedidos aumentaram e ela sentiu a necessidade de se profissionalizar. Sem condições de pagar por um curso, conseguiu bolsa de estudo por meio de parcerias que o Senac Ações Móveis possui com algumas instituições. Em um espaço cedido por uma igreja em Taguatinga ela fez o curso de Confeiteiro, e na Administração Regional da Estrutural, fez o de Cozinheiro, com o marido. Ampliou seu negócio, tornou-se microempreendedora individual e, desde dezembro de 2017, possui a empresa de bufê infantil Ciranda Doces e Salgados.

“Sempre trabalhei com Contabilidade. Resolvi mudar porque precisava de uma renda e tinha que ser trabalhando em casa por conta da minha mãe e dos meus três filhos que são pequenos”, afirma. Com um modelo de empresa familiar, ela, o marido e uma irmã, que mora com a família, trabalham em casa. “Eu e minha irmã fazemos os doces personalizados e quando tem evento meu esposo ajuda”, explica. “Depois que fiz o curso ganhei mais segurança para comercializar meus produtos porque eles agregaram mais qualidade com as técnicas que aprendi”, explica a empreendedora.

O conteúdo dos cursos superou as expectativas de Rosilane. No de Confeitaria, por exemplo, ela aprendeu técnicas para fazer trabalhos personalizados e no de Cozinheiro aprendeu a higienizar e manusear os alimentos corretamente. “Com a professora Ana Feitosa aprendi tudo que eu sei de confeitaria. Não só a fazer bolos, mas cupcakes e doces diversos. No curso de Cozinheiro aprendi a calcular corretamente a quantidade de produtos para determinada quantidade de pessoas em um bufê. Tudo que eu aprendi nas aulas utilizo na minha nova profissão”, destaca Rosilane.

Conhecimento para ampliar a empresa

Formada em Logística, a brasiliense Katiane Silva, de 34 anos, trabalhou por muito tempo em uma empresa privada, na área de Gestão de Pessoas, atuando com supervisão de equipes, planejamento estratégico, gestão de vendas, entre outras funções. Em 2014, para superar uma crise financeira, a empresa teve que desligar 500 pessoas. E Katiane foi uma delas. Depois de passar meses procurando uma nova colocação, sem êxito, decidiu ter seu próprio negócio. Em 2015 abriu a empresa de bufê KS Festas e Eventos, com sede em Santa Maria. Em busca de aprimoramento, fez, em 2016, por meio do Senac Ações Móveis, o curso Organizador de Eventos, que a motivou a permanecer com a empresa que abriu e a fez desistir de vez de voltar para a área que atuava antes.

“Em termos de visão profissional, o curso mudou tudo em minha vida. No começo, quando montei minha empresa, imaginei que era algo passageiro. Esperava a crise passar para depois retornar ao mercado. Mas a partir do curso percebi que essa área que investi tem grande potencial, que se houver dedicação dá para crescer. O curso aumentou minha motivação e a busca pelo conhecimento para ampliar a empresa”, afirma ela. “Pretendo ainda fazer o curso de Cerimonial e Protocolo para aprofundar o conhecimento”, destaca.

Paixão por hambúrguer vira negócio

Formado em Administração de Empresas, Sérgio de Sousa Figueiredo, 24 anos, transformou a paixão por hambúrguer em um negócio. Como sempre gostou da área de Gastronomia, pensava em fazer um curso, mas as condições financeiras da época não permitiram. Em 2016 surgiu uma oportunidade e Sérgio fez gratuitamente o curso de Cozinheiro, oferecido pelo Senac Ações Móveis em parceria com a entidade Ação Social João XXIII, localizada no Gama. Após o curso, o empreendedor procurou mais informações sobre a área em que pretendia atuar e conheceu hamburguerias em São Paulo, Rio e Brasília. Há um ano, abriu a King of Kings Burger, uma hamburgueria artesanal delivery localizada no Gama.

“O curso de Cozinheiro contribuiu de forma primordial na abertura do meu negócio, aprendi muito e deu um gás a mais para buscar abrir meu empreendimento”, afirma Sérgio, que atualmente vive da renda obtida na hamburgueria e contratou uma pessoa para trabalhar com ele. “O curso superou minhas expectativas porque aprendi um pouco da história da gastronomia mundial e nacional. Tivemos um mês com aulas teóricas e o restante do curso foram aulas práticas. Fiz estágio no restaurante da Controladoria Geral da União (CGU), onde aprendi a ter mais habilidade no preparo dos pratos, vi de perto o trabalho em equipe. Lá era um ambiente muito bom, todos se ajudavam e a convivência era muito boa, então você aprendia de forma natural”, destaca o empresário, que tem como expectativa expandir seu negócio atual.

“Trabalho em casa, faço delivery e, se Deus quiser, neste ano terei uma lojinha. Pretendo abrir outros estabelecimentos e me tornar referência no DF e em outros estados”, afirma. “Espero expandir o negócio atual, abrir outros e ser referência não só no DF mas em outros estados também. Além disso, quero fazer mais cursos no Senac”, explica. “Desde pequeno, sou apaixonado por hamburguer e depois que conheci algumas hamburguerias a paixão cresceu. O Senac me fez entrar mais ainda para essa área de Gastronomia e, com certeza, me tornou mais consciente em relação ao preparo dos alimentos. No Senac aprendemos a fazer tudo da forma mais correta possível”, conclui.

 

 

Do interior para conquistar seu negócio

A empresária, Maria da Conceição Silva, tem 42 anos e até os 15 trabalhava na roça com os pais, em sua cidade natal Elesbão Veloso, no Piauí. Com 16, começou a trabalhar como empregada doméstica até que, por indicação de uma tia, veio para Brasília trabalhar em casas de família. Desde criança sonhava em trabalhar como cabeleireira. “Era um sonho distante, mas com 12 anos eu já cortava o cabelo dos meus dez irmãos. Sempre sonhei em melhorar de vida, por isso vim para cá”, relembra. Ceiça (como é conhecida), teve uma filha e quando ela completou quatro anos decidiu fazer o curso de cabeleireira. A filha foi morar com seus pais em Tocantins e ela passou a trabalhar como diarista e à noite ia para o Senac Taguatinga. “Minhas patroas me incentivaram muito. Uma delas me mandou para trabalhar com uma sobrinha, aos sábados, para testar se era isso mesmo que queria”, conta.

Já com diploma na mão, Ceiça se orgulha da formação que conquistou. “Lembro que na época finalizei o curso com umas 800 escovas. Aos sábados, eu ia para um salão ajudar uma cabeleireira. Lavava os cabelos para ela escovar, mas ficava observando como ela fazia”. A cabeleireira trabalhou em outros salões de beleza no Guará e 15 anos após se formar, conseguiu comprar um lote na cidade e montou seu salão de beleza. “Já tinha um tempo que eu sonhava com o meu negócio. Sabia dos custos com aluguel e outras coisas, mas a oportunidade apareceu. Em janeiro desse ano consegui inaugurar meu espaço”, comemora. Ceiça garante sua formação no Senac abriu muitas portas. “Amava o curso. Melhorou minha autoestima e eu me sentia capaz de chegar mais longe. Os professores, nas aulas teóricas, sempre orientavam que seria interessante ganhar experiência. E só depois conseguiria abrir o próprio negócio e eu fiz exatamente assim”, conta.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Sobre o curso

O Senac oferece uma estrutura completa com laboratórios equipados para oferta do curso de Cabeleireiro, em cinco unidades: Ceilândia, Gama, Jessé Freire (SCS), Sobradinho e Taguatinga. O Senac possui também uma carreta móvel que vai onde não há unidades. Para cursar é preciso ter no mínimo 18 anos e ter o ensino fundamental completo. Mais informações sobre as turmas previstas para 2018 acesse o site (www.df.senac.br).

 

 

Sem medo de errar

Renan Curtulo abandonou o curso de Relações Internacionais e se encontrou como profissional de Marketing, da Faculdade Senac

 

O jovem brasiliense Renan Curtulo, de 25 anos, foi aluno de Marketing da Faculdade Senac-DF e hoje é gestor da rede de farmácias de manipulação Vivenda. Para chegar nesse cargo, passou por várias indecisões profissionais. Aos 18 anos, queria entrar na faculdade, mas não tinha noção do que queria fazer. Começou a faculdade de Relações Internacionais e logo no começo conseguiu um estágio no Itamaraty e em seis meses foi contratado. “Mas vi que não era o que eu gostava de fazer. Tranquei a faculdade, continuei no emprego durante mais três anos e meio. Foi quando vi que precisava voltar a estudar. Pesquisei e achei o curso de Marketing na Faculdade Senac”, contou. Já no primeiro semestre, se apaixonou pelo curso e começou a estagiar. “Para mim, quem faz faculdade e não faz estágio sai cru. Durante os dois anos de curso, fez estágio em três empresas diferentes. Estágio não é para ganhar dinheiro, é para aprender ao máximo”. No final do último semestre da faculdade, por indicação da coordenadora do curso, Renan foi chamado para uma entrevista na farmácia Vivenda. Foi contratado no dia seguinte e está desde junho de 2017, já como gestor de Marketing da rede. Profissionalmente, conta que está realizado e feliz de trabalhar na área. “Tenho orgulho do que eu faço. Tenho foco onde quero chegar. Vou crescer cada vez mais e já tenho planos em entrar em outros negócios”, concluiu.

Para os candidatos interessados em ingressar na Faculdade de Tecnologia Senac-DF, as provas serão às terças (14h), quintas (18h) e aos sábados (9h), até dia 10 de março, e aplicadas no campus do Plano Piloto (903 Sul). As inscrições podem ser feitas até um dia antes da prova, presencialmente, das 9h às 21h, ou pela internet por meio do portal (www.df.senac.br). A taxa de inscrição é de R$ 20. O pagamento deve ser feito por meio de boleto bancário.

Sobre o curso

 

O curso de Marketing tem duração de dois anos e é oferecido no período noturno, das 19h às 21h45. Os alunos, após a conclusão do curso, poderão atuar como Gerente Comercial, na Gestão de Propaganda e Marketing, na Gestão de Processos e Negociação, na Gestão de Negócios, em Consultoria Técnica e Gerência de Relacionamento. Mais informações: 3217-8821.

Conquistando o próprio negócio

Após se afastar do mercado de trabalho por sete anos para cuidar dos filhos, a brasiliense Cleide Verediano Siroli, 46, decidiu voltar como empreendedora. Procurou por franquias de lanchonetes, lojas de roupas, entre outras, mas não conseguiu achar uma que se encaixasse no seu perfil. Com um sobrinho e o marido, Cleide decidiu abrir uma padaria. Acharam o local ideal e fizeram os projetos para montar o empreendimento. Antes, porém, ela procurou capacitação na nova área e fez no Senac o curso de Padeiro. A qualificação lhe deu segurança para enfrentar os novos desafios, já que teve que assumir a produção dos pães de uma padaria que adquiriu 15 dias após o início das aulas. Depois de cinco meses como empreendedora, Cleide comemora o sucesso de seu negócio localizado em Taguatinga Norte.

A princípio, eles iriam começar do zero. Pensavam em comprar um terreno para construir a padaria. Antes de dar andamento ao planejado, ela decidiu fazer o curso para saber exatamente como funcionaria o negócio. “Sempre tive vontade, sempre gostei de cozinha e decidi fazer o curso. Depois de 15 dias de aula, apareceu uma padaria já montada, que estava quase fechando e decidimos investir nela. O local já teve vários donos, o que fez com que os clientes se afastassem. Então aproveitamos a estrutura e os funcionários, investimos nos produtos, entramos de peito aberto mesmo”, explica.

O conteúdo do curso superou as expectativas de Cleide, pois ela teve que assumir a função de padeiro no novo negócio, pois o antigo profissional resolveu sair. Mesmo assim, ela conseguiu produzir os pães. “Com um mês de curso fiquei sem o padeiro e tive que assumir. Eu saía do curso, ia para a padaria fazer o pão para assar no outro dia. Tive que arregaçar as mangas e mesmo sem ter terminado o curso eu tive que encarar. Isso mostra que o curso já tinha uma base muito boa para dar andamento ao negócio. Eu tive que tentar, ter coragem, porque não podia ficar parada de braços cruzados sem melhorar o meu empreendimento. Deu certo, graças a Deus”, comemora. A padaria chama-se Partinni.