Dando a volta por cima

Vanilson da Silva Leite, de 36 anos, começou a trabalhar aos 13 anos para ajudar a mãe a construir a própria casa e dar a ela uma vida mais digna. Começou como ajudante de pedreiro e aos 16 tornou-se carroceiro, trabalhando para uma pessoa a quem dava 50% do que recebia. Pouco tempo depois, comprou três carroças e colocou duas pessoas para trabalhar para ele. Com o passar dos anos, tornou-se proprietário de duas empresas que não deram certo. Desempregado, resolveu se qualificar no Senac-DF e descobriu a paixão pela profissão de barbeiro. Há quase 3 anos abriu a própria barbearia, chamada Detroit, na Cidade Ocidental (GO), e tornou-se referência no design de barba e bom atendimento.

“Comecei a empreender desde cedo e aprendi que posso sempre melhorar o trabalho que faço”, destaca Vanilson, lembrando que também trabalhou em uma empresa de fast food e depois como motoboy. “Fiquei nessa profissão por 9 anos, onde 5 anos fui empregado de uma empresa que faliu e depois abri minha própria empresa de motoboy, que durou 4 anos”, destaca. “Também tive uma distribuidora de bebidas, em sociedade com uma pessoa, que não deu certo e fechou. Passei por muitos momentos difíceis depois disso, até que um colega me deu a dica do curso de Cabeleireiro no Senac. Procurei a unidade do Gama e como não tinha turma prevista para esse curso, optei pelo curso de Barbeiro, que estava abrindo a primeira turma no Gama”, relembra.

Quando decidiu pelo curso, Vanilson não sabia nada da profissão e no decorrer das aulas, acabou se apaixonando. “O curso do Senac me incentivou muito, me deu outra visão de vida. A partir desse curso minha vida mudou. Hoje tenho a barbearia, que foi fundada em fevereiro de 2018. Seis meses depois, conquistamos o prêmio de Barbearia do Ano, concedido por uma empresa de pesquisa e publicidade. A partir daí a barbearia ficou mais conhecida na cidade e se tornou referência. Foi muito gratificante porque eu saí do zero, não tinha perspectiva de vida, não sabia o que fazer, me formei no Senac e 9 meses depois ganhei a premiação. Não tenho palavras para descrever essas conquistas”, destaca Vanilson, que planeja expandir seu empreendimento. “A barbearia tem 2 anos e 7 meses e eu pretendo, em 2021, abrir uma no Guará ou no Jardim Botânico. O plano era para esse ano, mas com a pandemia, tive que adiar”, conclui.

Independência financeira

Casada há 17 anos, Andrea Borges da Silva, 41 anos, deixou o trabalho em uma loja de cosméticos em 2012 para se dedicar à criação dos filhos. Como sempre gostou de costurar, passou a fazer em casa pequenas peças para vender e conseguir aumentar um pouco a renda da família. Começou a fazer um curso de técnico em enfermagem mas não se adaptou à área e desistiu. Quando surgiu a oportunidade de fazer gratuitamente o curso de Costureiro no Senac, Andrea correu atrás e transformou um hobby em profissão. Hoje ela é proprietária da loja Andrea Borges Moda Praia, localizada no Gama, onde vende produtos feitos sob encomenda.

“Eu precisava de um curso para me orientar porque eu não sabia fazer o acabamento. Precisava aprender e sempre tive vontade de fazer moda praia. Então comecei a pesquisar e estudar e vi que era uma área que quase não tinha aqui em Brasília. Aqui tem muita costureira que conserta, que faz a peça inteira, mas poucas que trabalham com produção de maiôs, biquínis e sungas”, explica Andrea. “Fiz o curso no Senac há dois anos e fui me adaptando, fazendo uma calcinha, uma parte de cima do biquíni, até conseguir”, comemora.

Quando decidiu fazer o curso do Senac, Andrea não pensava em ter seu próprio negócio. Ela queria aprender a costurar para fazer suas próprias roupas. “Queria fazer umas coisas diferentes. Depois que fiz o curso, percebi que eu tinha que fazer alguma coisa para aproveitar o que aprendi”, explica. “Eu achei o curso muito bom porque sou muito detalhista e perfeccionista e o curso exige muito isso. Você tem que fazer bem feito, se você erra tem que desmanchar e fazer tudo novamente”, explica. “A professora era muito exigente, mas hoje eu agradeço a ela todo o aprendizado. O acabamento de uma peça é tudo e isso eu aprendi a fazer. Antes eu buscava o acabamento perfeito e isso o curso me proporcionou”, afirma ela, que depois do curso de Costureiro fez também no Senac o curso de Aperfeiçoamento em Corte e Costura.

A vida de Andrea mudou depois dos cursos, pois na época ela não tinha dinheiro para fazer o curso e a gratuidade foi fundamental para ajudá-la a realizar seu sonho. “Minha vida mudou muito, para melhor, principalmente na questão financeira. Antes eu dependia totalmente do meu marido e hoje já não dependo totalmente dele. Antigamente eu não tinha nem cartão de crédito, era tudo do meu marido. Hoje eu tenho meu próprio cartão e compro minhas coisas. É muito bom”, destaca a empreendedora, que vende em média 55 peças por mês, com preços que variam entre R$ 45 (sunga para criança) até R$ 170, maiô mais sofisticado. “O preço varia de acordo com o grau de dificuldade para fazer a peça. Também faço viseiras, com a mesma estampa da peça de banho ou em cor neutra, e kit família, peças para mãe, pai e filhos com mesma estampa”, ressalta.

Compartilhando conhecimento

Renata Araújo Rodrigues Biserra foi aluna do Senac em 2014, quando aceitou o desafio de representar a instituição na Olimpíada do Conhecimento 2014 – o maior torneio de educação profissional das Américas. Lá, ela foi medalhista de ouro na ocupação técnico em enfermagem, tendo conquistado duas medalhas na competição: uma por conta do excelente desempenho na categoria que disputou, e a outra por ter obtido o melhor índice técnico da delegação do Distrito Federal. A jovem, hoje com 25 anos, além de enfermeira em uma UTI neonatal e pediátrica de um hospital particular do DF, é também instrutora do Senac no curso Técnico em Enfermagem. Agora, o novo desafio aceito por ela foi o de passar seus conhecimentos para os novos competidores que representarão o Senac-DF no Projeto Nacional Competições Senac de Educação Profissional 2020.

Renata disse estar muito feliz com o convite de ser avaliadora do projeto. “É um momento muito especial para mim. Depois de 4 anos retornar à instituição de uma forma tão intensa assim, tão gostosa de ser vivida, é gratificante. Eu me sinto pronta para esse projeto porque é algo que eu vivi na pele, e hoje passo a viver de novo, mas agora do outro lado, enquanto professora. Estou muito motivada”, disse. “É como se eu tivesse esperado por esse momento há muito tempo e de repente aconteceu assim dessa forma muito natural”, afirma Renata.

Renata explica que no primeiro dia de aula já se apaixonou pela profissão. Segundo ela, foi dentro da sala de aula do Senac que descobriu que tinha nascido para fazer enfermagem. “Com os estágios, com a própria competição, eu fui me alinhando melhor e tive a certeza de que é exatamente o que eu nasci para fazer”, destaca a jovem, lembrando que o emprego no Senac permitiu muitas realizações. “Com o emprego, realizei coisas incríveis, pude comprar meu primeiro carro e consegui ajudar em casa de uma forma mais efetiva. Eu queria ajudar minha casa e queria mudar minha realidade”, explica.

Renata destaca que o Senac é a sua casa. “ Eu cresci no Senac e me sinto confortável na instituição”, afirma. “Quando terminei o curso no Senac fui trabalhar em um hospital privado como técnica em enfermagem enquanto concluía a graduação em Enfermagem. Fiquei como técnica por oito meses e quando me formei na graduação minha chefe me convidou para ser enfermeira da UTI neonatal, onde estou até hoje”, conta ela, que atualmente trabalha no hospital à noite e no Senac durante o dia. “Dentro desse processo todo fiz uma pós-graduação em Goiânia e tenho uma especialização em UTI Neo Natal e Pediátrica, que é a área que eu tenho mais afinidade”, conclui.

Confiança adquirida com uma nova profissão

“O Senac fez um desacreditado virar homem”. Foi com essa frase que Walber Aranha, de 28 anos, resumiu a mudança que a instituição promoveu em sua vida. Egresso do sistema prisional há seis anos, o jovem, que tem um casal de filhos, depois que conseguiu sua liberdade, passou três anos procurando emprego, mas o peso de uma condenação fechava muitas portas. Para conseguir sobreviver, voltou a trabalhar na empresa de reciclagem de lixo onde havia pagado a pena alternativa. Demitido depois de alguns meses, procurou o Senac para ver se conseguia se profissionalizar. Por já ser familiarizado com cortes de cabelo, pois fazia no filho e no pai, decidiu pelo curso de barbeiro. Seu desempenho foi tão bom que antes mesmo de terminar as aulas, já tinha seu próprio negócio. A Barbearia do Major, batizada com esse nome pelos clientes, fica na Feira Permanente do P Norte, em Ceilândia, e foi inaugurada no final de agosto.

Filho de lavadeira e de rodoviário, Walber nasceu e cresceu na Ceilândia. Começou a trabalhar aos 17 anos em um shopping quando descobriu que seria pai. Foi office boy na Funasa, rodoviário e passou pela Marinha, onde ficou três anos. “Achei que lá estava ruim e inventei de sair. Foi quando tive minhas decepções e me afundei. Sou filho de pobre, já fui rodoviário, secretário, lixeiro e hoje graças a Deus me descobri na profissão de barbeiro. Estou feliz à beça, estou realizado. Só de você trabalhar limpo, almoçar limpo, ver as pessoas passarem por mim e não baixar a cabeça com medo que eu faça alguma coisa ou com vergonha de mim, é bom demais. Hoje em dia as pessoas passam, me cumprimentam e conversam comigo. É bem prazeroso”, destaca o barbeiro.

Para abrir seu próprio negócio, Walber vendeu uma moto e investiu R$ 3 mil. Faz questão de ressaltar que teve incentivo e apoio do instrutor do curso do Senac, Paulo Braga. “Ele foi uma das grandes pessoas que acreditaram em mim”, diz, lamentando o fato da família ainda não estar convencida da sua mudança. “Eu acredito que o sistema pode sim mudar as pessoas, que hoje em dia quem quer pode se limpar do barro que estava e viver uma vida tranquila. Hoje Deus cuida da minha vida maravilhosamente. Vejo pessoas que dizem ter orgulho de mim, por terem visto o que fui e no que me transformei. Hoje eu glorifico a Deus pelo professor Paulo e pelo Senac porque, sinceramente, se eu não tivesse feito esse curso, eu nem saberia dizer como estaria hoje”, afirma. “Eu comecei a andar com pessoas boas, de coração bom, pessoas que começaram a olhar para mim e enxergaram coisas que nem eu mesmo enxergava. Querendo ou não é gratificante. Antigamente só apontavam o dedo. Hoje em dia não, hoje eu o barbeiro”, conclui.

Sobre o curso
O curso de Barbeiro tem carga horária de 172 horas e é ofertado nas unidades do Senac em Ceilândia, Gama, Sobradinho, Taguatinga e Setor Comercial Sul (Jessé Freire). Para o primeiro trimestre de 2020, estão previstas oito turmas, algumas iniciando em janeiro.

Crescendo na área de saúde

Atuando em um laboratório clínico há oito anos, o biomédico Oséias Sousa Santos (28) conquistou seu primeiro emprego depois de fazer o curso Técnico em Análises Clínicas no Senac, iniciado quando ele ainda cursava o último semestre do ensino médio. Assim que concluiu, em 2011, começou a trabalhar na área como técnico de coleta no laboratório Mulier. O interesse pela área cresceu e ele acabou fazendo um curso superior. A graduação o levou a um cargo de chefia no mesmo laboratório, onde passou a atuar como supervisor de posto de coleta. Recentemente, com uma nova promoção, é supervisor geral dos postos e da área técnica.

“Quando terminei o ensino médio fiquei desesperado, sem saber a profissão que iria exercer. Fazia testes vocacionais, mas nunca dava certo”, explica Oséias que fez o curso técnico no Senac da 903 Sul gratuitamente, por meio de uma parceria com o GDF. Assim que terminou, foi contratado pela empresa que trabalha até hoje. “O curso no Senac abriu as portas para tudo que faço hoje. Quando eu estava desesperado sem saber o que fazer, o Senac foi a luz que eu precisava. Aproveitei o máximo de conhecimento no curso. São boas práticas que levarei em toda minha carreira profissional”, afirma Oséias, que se graduou em biomedicina e faz pós-graduação em estética, área que pretende atuar e se tornar empreendedor.

“Espero crescer mais e mais e abrir minha própria empresa no ramo de estética. Foi o Senac que acabou me inserindo nessa área de Saúde, pois, até então, eu não tinha contato nenhum. Não pensava nessa área, nessa profissão. Fiz o curso e me identifiquei bastante. Foi ótimo e estou até hoje no mercado”, destaca, lembrando que foi um aluno destaque na graduação devido ao curso técnico que fez. “Com o curso, me destaquei na faculdade, pois fui muito bem instruído no Senac”, afirma. “O Senac foi a minha bússola, só estou aonde estou devido às instruções dos professores e da coordenação. Sempre que precisei, a secretaria foi bem prestativa, do começo, na hora de fazer a matrícula, até o fim, quando recebi o diploma. O Senac é uma empresa muito organizada e prestativa”, conclui o biomédico.

Academia da beleza

A empresária Maria José Rabelo dos Santos, 61 anos, sempre teve o sonho de montar seu próprio negócio na área de beleza. De origem humilde, a maranhense veio para Brasília em 1978 em busca de um futuro melhor para ajudar os pais a sustentar os oito irmãos. Conseguiu estudar e se tornou funcionária pública de um órgão do Governo Federal onde trabalhou até se aposentar. Formada em Administração de Empresas, antes da aposentadoria, planejou realizar o antigo sonho e, pensando em oferecer um serviço de excelência no salão de beleza que pretendia montar, decidiu pela qualificação profissional. “Busquei uma instituição que me desse essa oportunidade. E o Senac me deu as ferramentas para que eu pudesse abrir meu negócio”, diz Maria José, que já tinha um estúdio em casa, “mas era muito amador”.

No Senac, na unidade de Sobradinho, ela fez os cursos de Maquiagem Social e Cabeleireiro. “Escolhi o Senac porque sei que as pessoas formadas pela instituição têm mais credibilidade. É uma instituição reconhecida por colocar no mercado de trabalho bons profissionais”, explica Maria José. “No Senac me senti acolhida, a instituição me passou todas as oportunidades, participei de atendimentos sociais e fui escolhida para a competição Prêmio Excelência Senac de 2018, onde fiquei em 4º lugar”, completa a empreendedora, que começou a trabalhar aos 16 anos.

“Meu primeiro emprego foi como telefonista na prefeitura da minha cidade. Comecei cedo por necessidade. Cheguei em Brasília aos 20 anos e em 1980 trouxe toda a minha família”, conta a empreendedora, que inaugurou o Studio M – Academia da Beleza (Quadra 2, setor comercial A – Sobradinho/DF) em abril deste ano.

Capacitação para exercer novo cargo

Davi Diniz Leite trabalha há 5 anos na Protegeauto, uma cooperativa de proteção patrimonial sediada em Brasília, onde começou no setor de arquivo, digitalizando documentos. Depois de passar por alguns setores, no final de 2017 surgiu a oportunidade de exercer na empresa o cargo de gerente financeiro. Ele possuía conhecimento da parte operacional, sabia como tudo funcionava, mas não tinha o conhecimento técnico da área que iria atuar. Depois de pesquisar e ouvir depoimentos de colegas, fez, no primeiro semestre de 2018, o curso Assistente de Pessoal e depois Gestão Financeira para Microempresa, na unidade do Senac em Taguatinga.

“Procurei um curso que me fornecesse um mínimo de conhecimento para que eu pudesse começar a entender essa área de departamento pessoal e suas ramificações”, explica. “A minha maior preocupação sempre foi de não ter uma base sólida para tomar as decisões e nem a fundamentação necessária para repassar informações referente a essa área para os clientes internos da empresa”, destaca.

A escolha pelo Senac não decepcionou Davi, pois o curso o ajudou a se desenvolver pessoal e profissionalmente. “Achei fantástica a metodologia aplicada. Percebi que o conhecimento repassado aos alunos é um conhecimento voltado diretamente para o mercado de trabalho, que se aplica nas situações reais do dia a dia. Tive a oportunidade de aprender como funciona na prática, além de ter aprendido a lidar com diversas situações que podem vir a ocorrer”, explica.

“Ao final do curso, me tornei um profissional totalmente diferente daquele de quando iniciou o curso. Não só obtive conhecimentos profissionais, como também o conhecimento dos meus deveres e obrigações como empregado perante a lei. E como um representante por parte do empregador me senti mais capacitado para tomar decisões e apto a replicar o conhecimento obtido durante o curso”, afirma Davi, que está na gerência financeira da empresa desde o início de 2018.

Dupla conquista no mercado

Ex-aluna do curso Técnico em Enfermagem, Michele Olukemi dos Santos Adesoji, de 27 anos, exerceu outras profissões antes de descobrir a paixão pela área da saúde. Começou como estagiária em empresas governamentais, foi cabeleireira e depois monitora de escola pública na área especial, função conquistada enquanto era estudante do Senac. Michele fez o curso na unidade da 903 Sul por meio do Programa Senac de Gratuidade, quando estava desempregada. Assim que se formou, em 2017, foi contratada pelo hospital Maria Auxiliadora, onde começou como técnica e virou instrumentista. Além de ter conquistado uma vaga no mercado de trabalho, Michele tornou-se protagonista de uma campanha publicitária internacional. Lançada em 24 de abril, a campanha Nursing Now, que tem o objetivo de evidenciar a importância do profissional de Enfermagem e torná-lo destaque da saúde no Brasil, tem o rosto da egressa do Senac.

“Deus está em primeiro lugar. Em segundo vem o Senac. Se eu não me formasse não estaria trabalhando e nem teria a oportunidade de protagonizar uma campanha tão importante da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Conselho Internacional de Enfermeiros (ICN). É uma ação de alcance internacional para valorizar e mostrar a importância dos profissionais da área de Enfermagem”, explica Michele. “Estou feliz em fazer parte de algo que vai beneficiar todo mundo”, completa. Para participar da campanha publicitária, um dos pré-requisitos era ser profissional da área. Michele concorreu com 19 profissionais de Brasília.

Carioca radicada em Brasília, Michele começou o curso Técnico em Enfermagem em 2015 e terminou em 2017. “O Senac significou muito para mim. Por meio dele tive uma oportunidade e consegui uma vitória. É uma instituição grande que ajuda muitas pessoas a realizar seus sonhos. Ela qualifica para transformar os estudantes em bons profissionais”, ressalta Michele, que também fez na instituição o curso Qualidade e Eficiência na Coleta de Sangue Venoso e Capilar. “Descobri o dom para a enfermagem depois de fazer vários cursos. Eu tinha dificuldade de achar algo que gostasse. Depois que comecei a estudar no Senac vi que era o que realmente queria. A área de saúde me atrai muito. Gosto de ouvir a pessoa, dar atenção, me colocar no lugar dela, enfim, dar um tratamento mais humanizado”, conclui.

Gelateria brasiliense

Engenheiro elétrico com especialização em Telecomunicações, Edneu Mário Bizarri, 49 anos, trabalhou por mais de 20 anos na iniciativa privada até que resolveu largar o emprego para empreender. “Com o advento da crise achei que a economia criativa seria um bom setor para se investir. Já gostava da cozinha de casa e quis me testar também em uma cozinha profissional”, afirma o paulista que inaugurou, no final de janeiro, uma gelateria na Asa Norte. O empreendimento fabrica e distribui picolés para lanchonetes, padarias, restaurantes, farmácias e escolas. “Por ser um produto natural, é bem aceito nas escolas. Esse foi o diferencial pensando fazer algo 100% natural, saboroso e por consequência saudável”, explica.

Para abrir seu empreendimento, Edneu contou com o Senac, onde fez os cursos de Cozinheiro e Confeiteiro em 2017. “Eu já tinha boas referências da instituição em conversas com os amigos e acabei analisando outras questões, porque eu queria a vivência prática e o conteúdo do Senac tem um percentual muito grande de prática, de ir à cozinha e não de assistir os outros fazendo. A gente coloca a mão na massa mesmo”, destaca sobre o curso de Cozinheiro, lembrando que esse foi o fator primordial para a escolha do Senac. “Depois lá dentro você acaba conhecendo outros benefícios. O curso é mais compacto, de 500 horas, onde você faz uma varredura muito bem feita da gastronomia internacional. Na parte de confeitaria igualmente. Eu tinha interesse em investir, eu queria fazer, aprender, saber os porquês e conhecer alternativas de receitas, ver como ficava melhor, pior, enfim, sempre fui muito curioso. O próprio Senac tem uma vasta publicação na área de gastronomia”, afirma.

Edneu fez os dois cursos juntos, um no período da manhã e o outro à tarde. “O pessoal brincava que eu ia morar no Senac. Isso foi em 2017. Gastei a metade do ano para fazer esses cursos. Por volta de abril de 2018 comecei a colocar o projeto de empreendedorismo no papel”, lembra. “Hoje estou realizado porque sempre tive o sonho de empreender. Ainda tem muito trabalho pela frente, mas até aqui, o que a gente entende é que de fato a gastronomia vale a pena. É extremamente gratificante. E o Senac faz parte disso”, conclui o empreendedor, que pretende ampliar os pontos de venda e ter lojas próprias.

Serviço:
Gelateria Siciliana
Endereço: SCLRN 716, Bloco A, Loja 15 (De frente para a W3 e a OAB)
Telefone: (61) 9 9229-0010

Oportunidade para mudar de vida

 

Inês Rocha Lima, 37 anos, sempre gostou de atuar na área de vendas. Inspirada pela paixão do marido por cortes de cabelo, tinha como sonho fazer um curso no Senac. Moradora à época da cidade de Trindade (GO), não tinha condições de pagar por um curso profissionalizante. Em uma viagem ao Distrito Federal para visitar a família no Paranoá, viu a unidade móvel de Imagem Pessoal e resolveu obter informações sobre os cursos, que nesta unidade são gratuitos, ofertados por meio do Programa Senac Gratuidade (PSG), e conseguiu bolsas de estudo para ela e para o marido. Decididos a mudar de vida, no início de 2018 o casal passou a morar no Itapoã (DF) para fazer o curso de Cabeleireiro. Com a ajuda do pai que cedeu um espaço na avenida central da cidade, Inês e o marido abriram o próprio negócio, o salão Wellington Oliver Cabeleireiro Unissex.

“No início foi muito difícil pois viemos para cá desempregados. O curso era durante o dia e por isso não tínhamos como trabalhar”, explica Inês, que a princípio pensava em abrir o salão para trabalhar com vendas dentro dele. “Fiz o curso de Cabeleireiro e fui me aperfeiçoando. Em seguida fiz os cursos de Penteados Avançados, Depilador e Manicure/Pedicure. Passei o ano de 2018 me capacitando no Senac”, destaca, lembrando que o que mais a marcou em relação ao Senac foi a oportunidade que teve. “Ela chegou em uma fase da nossa vida em que não sabíamos mais o que fazer. Então essa oportunidade que apareceu, que mudou e tem feito uma diferença muito grande na nossa vida é gratificante. Ter a satisfação de ver meu marido trabalhando, fazendo o que ama, não tem preço”, afirma.

A qualidade do Senac é mantida em todos os cursos, independente do local onde é ofertado. “O curso do Senac é perfeito em tudo. Geralmente a gente imagina que por ser gratuito é bagunçado, desorganizado, mas no Senac não é assim. As aulas começavam no horário certo, tudo é padronizado e a carreta-escola é super organizada. O atendimento dos servidores também é maravilhoso. A gente tem incentivo mesmo para crescer. A professora nos levou para uma aula de empreendedorismo com o pessoal do Sebrae. Foi tudo maravilhoso, um presente de Deus em nossas vidas”, afirma.